episódio 37

342 26 0
                                    


***

Se existia sexo tão doce que poderia fazer alguém derreter, também existia sexo tão feroz quanto ser devorado.

Hoje era a segunda opção.

Cada lugar que a língua e os lábios de Heerak tocavam parecia escaldante. Seu corpo inteiro fora tingido de vermelho. Havia até áreas que pareciam um pouco dolorosas. Seus mamilos foram impiedosamente sugados e provocados pela língua de Heerak, e uma dormência começou a se espalhar ao redor de suas coxas. Talvez seja porque estivesse acostumado a que as pontas de seus dedos tocassem sua pele com ternura e meticulosidade, aquecendo tudo. Ele arfou várias vezes com as mãos que o acariciavam e o tocavam apaixonadamente.

Doseon gozou uma vez sob o toque de Heerak. Ele sentiu uma estranha satisfação ao ver os belos e impecáveis dedos de Heerak encharcados com seu sêmen. Isso o excitou, e também fez com que a vergonha corasse sua pele. Se ele tivesse dito tal coisa em voz alta, Heerak certamente teria sorrido como se ele tivesse acabado de lhe dar o melhor elogio do mundo. Ele podia facilmente imaginar isso.

Doseon soltou um suspiro irregular e levantou brevemente as pálpebras, dando uma espiada. Quando olhou para baixo com curiosidade, sua visão febril absorveu aquela imagem lúgubre, Heerak estava apoiando seus quadris para cima com uma mão enquanto a outra trabalhava dentro de Doseon, encharcando-o com lubrificante. Seu sangue parecia fever. Quando as sensações, que disparavam arrepios em sua espinha, e o que estava vendo tomaram forma e se sobrepuseram, sua cabeça começou a girar. Era embaraçoso ver-se naquela posição, então ele rapidamente desviou o olhar. Em meio ao cenário que acabara de examinar ele notou que Heerak estava latejando, duro como pedra, parecendo ter chegado em seu limite.

Quando Doseon viu pela primeira vez a forma nua de Heerak, o comprimento e a circunferência de seu pênis fizeram-no engolir em seco. Como ele poderia receber uma coisa tão feroz dentro dele? Como ele poderia carregar algo que contrastava tão fortemente com seu rosto bonito? Doseon não estava confiante de que caberia, mas o corpo humano era uma coisa misteriosa. Naquela noite, Heerak deslizou para dentro dele e, embora uma dor aguda tenha trespassado seu abdômen com a intrusão, ela durou pouco.

Parecia que Heerak ainda não se lembrava bem, mas ele constantemente prestava muita atenção em como Doseon estava se sentindo naquele momento, diminuindo seus movimentos e combatendo seu desejo de ir mais fundo nele. Ele se mexeu, procurando a próstata de Doseon e, quando a encontrou, pressionou-a suavemente, certificando-se de que ele não sentisse nada além de prazer. Seus anteriores gemidos de dor se transformaram em gemidos de prazer.

Pensar naquela experiência ainda o fascinava. Era um momento que ele nunca esqueceria, mesmo que Heerak não pudesse se lembrar. Se Heerak realmente quisesse, Doseon poderia tentar o seu melhor para explicar tudo o que acontecera e ele tinha certeza de que não perderia um único detalhe. Claro, suas bochechas acabariam queimando de vergonha, mas isso não era algo que seria impossível de suportar.

Apesar de ser capaz de contar a experiência, ele sabia que tal chance nunca surgiria em sua vida. Afinal, Heerak disse que ainda ‘via vermelho’ sempre que pensava em como não conseguia se lembrar de nada do que havia acontecido naquela noite fatídica. Isso o deixava louco. Doseon se sentia em dívida com Heerak por isso, mas se ele mencionasse isso em voz alta, Heerak poderia ficar chateado.

AMOR,OLHE PARA MIM(NOVEL)Onde histórias criam vida. Descubra agora