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         A atmosfera na universidade não era boa e eu tive que perguntar... "Vô, se puder ouvir meus pensamentos nesse momento. Me diga. Os elementais realmente estão bravos com os vampiros e achando que somos o problema?"

           Enquanto me culpavam, eu culpava Adeline. Queria que ela admitisse seu suicídio. Para que parassem de pensar que eu fui homicida.

           "Eles sabem que se não quisermos obedecer, não precisamos. Somos os únicos capazes de enfrentá-los, por ter sua magia correndo em nossas veias. Da mesma forma que abominamos o sangue de vampiros misturado ao de lobisomens, nos híbridos. Eles odeiam ter sua magia em nós. Querem tirar isso a qualquer custo, para terem controle total. Mas não vão nos enfrentar tão abertamente. Não se preocupe. Eles precisam manter o acordo de paz e por isso não farão nada."

          Ou seja, nós éramos sim, um alvo. Já que estavam incomodados com o poder em nosso sangue.

          No pátio da universidade, fui cercado por um grupo que não era da minha turma. As vestes mostravam serem originais. E apesar de saber da regra de não poder brigar ali dentro, já fui me preparando psicologicamente para o combate.

          Um deles empurrou o meu ombro.

          _ Quem você pensa que é para colocar o acordo de paz em risco? Asrael teve que limpar a sua barra.
        
         _ Não foi o único que interferiu. Meu clã sempre foi unido. E eu não tentei quebrar o acordo de paz. Foi um mal entendido. _ contei.

          _ Se fosse mesmo, conseguiria se explicar sozinho. Todos nós estamos cumprindo esse acordo com muito esforço. Qualquer um que ameace a reputação dos vampiros, irá pagar por isso. Não seremos chamados de fracos, pelos nossos rivais, só por conta de um mísero puro sangue, que não consegue se controlar.

          As coisas estavam saindo do controle. Eu via a raiva na expressão deles. Me perguntei se a minha família escondia a sua decepção comigo, para não me machucar.

         _ Tudo bem. Se eu sou o problema, então... Acabe comigo. _ desafiei.

         _ Acha que eu não tenho coragem?

         _ Tem o bastante para ir contra as regras da universidade. _ um inspetor disse. _ Vá em frente! Brigue aqui dentro e eu terei o prazer de açoitá-lo na frente de todos os curiosos.

         _ Aposto que vocês estão tão revoltados quanto nós. Sempre são os Bartholys causando problemas. Se ele tivesse sido punido por quebrar o acordo de paz, como ficaria a imagem dos vampiros diante das outras raças?

         _ Está se importando de mais com o que os outros pensam! É um sinal de fraqueza. Seus adversários é que impõe o modo como deve viver a sua vida? Patético! _ provoquei. _ Se importe apenas com o que o rei disser e seus familiares. Gente da rua não interessa! 

         _ Ele tem razão! _ o inspetor disse. _ Se o próprio rei não disse nada a respeito disso, é porque não foi grande coisa. A garota continua viva. Do meu ponto de vista, os Bartholys sempre resolvem os problemas! Contribuem para a nossa boa imagem, mais do que qualquer outro clã. 

          _ Amam pagar de bonzinhos e de bons não tem nada! 

          _ Se o próprio lorde Viktor não é bonzinho. Por que o seu clã seria? _ o inspetor explicou. 

          Apesar de tudo, eu considerava o nosso clã tendo pessoas de bom coração sim. Não fazíamos as coisas por maldade e interesse de ferir alguém. Tirando meu lado sádico que herdei da minha mãe, não havia traços ruins no meu clã. 

Is It Love? Kevin - Lado SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora