Enquanto voltava para o meu quarto, enviei a mensagem... "Na próxima festa eu vou."... A resposta veio rápido. "Até que enfim. Te vejo sábado a noite."
Sorrindo eu entrei no quarto. Lembrando do que aconteceu na outra festa.
Seguindo a recomendação da minha mãe, eu materializei dados personalizados ao meu gosto. Onde e o quê. Não poderia deixar ninguém do clã ver aquilo. Talvez Benício. Ele ia entender e até fazer igual para ele.
Guardei na minha mochila. Pois eu sempre levava ela nos fins de semana, para a casa alugada.
Apesar de agora saber que poderia flertar com as garotas do clã, não descartei as da faculdade. Por isso, antes de ir para a primeira aula do novo ano letivo, eu ativei o feitiço.
_ Eu sou irresistível!
Não precisava me preocupar com o alcance. Já que o efeito era em mim.
Draco foi para a sua aula de administração e eu fui para a minha, de música.
Olhei ao redor, reparando as vampiras que se voltaram na minha direção. Me surpreendi quando vi originais também. O efeito era forte.
A professora entrou na sala e olhou na minha direção de sobrancelha franzida.
_ Parece que os Bartholys continuam mantendo laços estreitos com outras raças.
O feitiço não tinha efeito nela, pois era apaixonada por seu marido. Que também era professor da universidade. Mas ela percebeu que havia magia em mim. Apesar de eu duvidar que ela soubesse exatamente o que era.
Meus amigos me olharam confusos. Eu balancei os ombros como quem diz... "Não sei do que ela está falando."
_ Quero que vocês criem uma melodia seguindo a sequência de Fibonacci. Podem usar o instrumento que preferirem.
Eu estava acostumado com o piano desde criança. Mas na faculdade aprendi a tocar violino, violoncelo, harpa e flauta. Já apreciava melhor as apresentações do grupo de ópera do qual meus pais faziam parte.
Quando as aulas se encerraram, à meia noite, eu juntei meus materiais para ir pegar minha taça. Fui cercado na porta.
_ Oi. Você quer compartilhar sangue?
Olhei para todas as garotas, ansiosas por uma resposta.
_ Eu compartilho. Mas não vou além disso com quem eu não conheço.
_ Ah... Nem poderíamos aqui na universidade.
_ Mas fora dela... Você é tão gatinho.
As garotas deram risada.
_ Por que usam o diminutivo comigo?
_ É fofo.
Por algum motivo que eu não sabia, aquilo me incomodava. Talvez, me lembrasse do modo como meus pais falavam comigo quando eu era criança. Diminutivos não combinam com adultos. E não havia nada fofo em mim. Minha mente associava coisas fofas com as mulheres. Eu era bruto. Ter herdado a aparência angelical do meu pai, causava aquele tipo de confusão.
_ Se querem compartilhar sangue comigo, não usem o diminutivo. E não me tratem como algo fofo.
_ Tudo bem. Gato. Vamos compartilhar?
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Is It Love? Kevin - Lado Sombrio
FanfictionKevin foi mimado pelos pais e acostumou-se a ser paparicado. Seu maior medo era não corresponder às expectativas deles. Por isso evitava mostrar o que herdou em personalidade da mãe. Mesmo sabendo que os pais já tinham percebido quando ele era crian...