Capítulo 35

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— Walter…

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— Walter…

Me viro dando de cara com o mesmo homem que apareceu anos atrás dizendo ser o meu tio, se não me engano, ele se chama Arnold.

— Acho que está me confundindo com alguém, não me chamo Walter.

— Eu sei que não, o seu nome mudou após ser adotado, eu sei tudo sobre você, Kalel.

— O que você quer?

— Eu só quero me aproximar do meu sobrinho, apenas isso… Olha, nossa família se arrepende de não ter ficado com você quando os seus pais morreram, mas queremos recuperar esse tempo perdido.
Dou uma risada nasalada.

— Eu não quero me aproximar de nenhum de vocês, me deixem em paz e mete o pé daqui.

— Eu só quero poder passar um tempo com o meu sobrinho.

— Eu não sou o seu sobrinho e não quero passar nenhum tempo com você, some capeta.
Entro no meu carro e vou embora.

Que droga!

Esse mesmo cara apareceu anos atrás querendo uma aproximação, mas eu sei muito bem que não é nada disso que ele quer. Sei também que tenho outros “ familiares” biológicos, mas não quero me aproximar de nenhum, eles me abandonaram quando eu mais precisei, não preciso deles na minha vida.

Eu já tenho uma família maravilhosa, pais maravilhosos, para mim, minha família biológica nunca existiu e não vai existir. Tenho certeza que ele ter aparecido assim, do nada, não é por querer aproximação.

Chego ao meu apartamento e a Hally está tomando café.

— Oi, neném… tudo bem?
Ela se aproxima ao perceber que estou com a cara fechada.

— Estou bem, pimentinha, apenas encontrei uma pessoa indesejável hoje.

— Não vai me dizer que foi a filhote de satã?

— Não, foi outra pessoa, mas eu não quero falar sobre isso, vou começar a preparar a torta para levar para casa do dindo.

— Tudo bem, ele ligou agorinha perguntando se não íamos, segundo ele, estamos atrasados.

— Vou fazer uma receita que é bem rápida.

— Tudo bem.
Fui preparar os ingredientes, enquanto a Hally ficou tomando café.

— Que droga!
Digo ao errar a receita pela terceira vez.

— Kalel, o que está acontecendo?

— Não é nada, Hally, apenas não estou conseguindo me concentrar hoje.

— Sabe que pode contar comigo para qualquer coisa, né?

— Eu sei, pimentinha, mas eu só quero esquecer essa manhã.

Ela não fala nada, apenas me abraça e era desse abraço que eu estava precisando, aperto ela nos meus braços, é aqui que eu encontro o meu conforto. Não pretendo esconder nada da Hally, eu só não quero falar sobre isso agora, minha cabeça está fervilhando com um monte de teorias.

Meu Impulso - Livro 7 da série: Os MillersOnde histórias criam vida. Descubra agora