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*insira aqui o meme do rodrigo faro com as palavras vai dar namoro*

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[ GETO SUGURU ]

Assim como acontece com todas as coisas que Satoru fazia, não teve meio termo. Tinha zero e uma loucura absurda, e quando entramos na rodovia e ele cruzou três faixas de tráfego sem desacelerar ou poupar mais do que um olhar passageiro, tive o pensamento fugaz de que dirigir com Satoru era muito mais perigoso do que pilotar um avião de combate.

Uma buzina estridente me fez virar e ver um homem apontando o dedo para nós quando Satoru fez uma curva acentuada em sua faixa, cortando-o um pouco mais abruptamente do que seria educado, e quando lancei um olhar furioso para Satoru, o filho da puta estava acenando para o espelho retrovisor.

— Você é suicida — eu gritei acima da música estridente e do vento assobiando em meus ouvidos.

Satoru olhou na minha direção, uma carranca aparecendo em sua testa.

— Hã?

Apontei para a estrada, indicando que ele provavelmente deveria ficar de olho nela.

— Você é suicida, porra!

Satoru soltou uma gargalhada que poderia ter sido interpretada como alegre ou maníaca, dependendo do seu ponto de vista, mas quando ele pisou no acelerador e subiu o trecho da estrada vazia à frente, eu tive certeza de que as duas emoções andavam de mãos dadas para ele.

Já estávamos dirigindo há quase vinte minutos, e embora Satoru não tivesse se incomodado em me dizer para onde estávamos indo, eu percebi que não me importava. Estar longe da base, longe dos limites sufocantes do meu quarto por algumas horas foi libertador, e novamente fiquei impressionado com o fato de Satoru parecer saber exatamente do que eu precisava.

Como ele fazia aquilo? Ou talvez a pergunta que eu deveria estar me fazendo fosse: Como me sinto com o fato de ele parecer me ler tão bem?

— Você está com fome?

Eu olhei e vi Satoru batendo a mão no topo do volante no ritmo da música. Embora como ele conseguia ouvi-la acima do vento uivante era algo que estava além da minha compreensão.

— O quê?

— Você está com fome? — ele disse e, como se meu estômago tivesse sido provocado pela sugestão, ele roncou.

Eu balancei a cabeça e alcancei o botão de volume do aparelho de som.

— Eu gostaria de comer.

— Você gosta de frutos do mar?

Eu adorava frutos do mar.

— Desde que eu não precise pegá-los, então sim. O TJ’S Seafood é ótimo e fica a apenas quinze minutos de distância.

Satoru pegou o telefone e jogou para mim.

— Por que você não liga e faz o pedido com antecedência? Podemos pegá-lo e voltar para os penhascos Black Rock, se quiser?

Penhascos Black Rock? Espere, esse foi o mesmo lugar em que nossa corrida de moto chegou ao seu épico final, não foi?

Enquanto eu tinha lembranças minhas ajoelhado aos pés de Satoru com seus jeans em volta das coxas, e dos sons que ele fez quando finalmente gozou contra mim, ele sorriu e assentiu como se soubesse exatamente onde minha mente tinha ido parar.

— Pensei que desta vez poderíamos estacionar lá em cima e apreciar a vista. Sabe, já que na última vez que estive lá, não consegui ver muito dela.

Danger Zone | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora