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[ GETO SUGURU ]

Fiz tudo o que pude para não agarrar a mão de Satoru quando entramos no NAFTA na manhã de segunda-feira após o Baile da Marinha, mas como não era permitido qualquer tipo de demonstração pública de afeto entre qualquer casal, eu me contive.

Mas por pouco.

— Quer apostar em quem vai nos zoar mais? — Satoru perguntou depois de passarmos pela verificação de segurança. Ele olhou para mim, os olhos brilhando de malícia quando ele deslizou o telefone de volta no bolso.

— Todo mundo?

— Talvez. Haibara já estava enchendo meu telefone, mas aposto em Sukuna. Ele estava encarando na festa.

— E a novidade? — eu disse enquanto nos dirigíamos para o vestiário. — O cara é um idiota e odeia todo mundo.

— Provavelmente porque ele está no fundo da lista. Como ele conseguiu entrar nesse programa?

— Não comece nada.

— Quem, eu?

— Sim, você. Não precisamos de mais atenção.

— E se ele pedir?

— Satoru…

Ele suspirou.

— Ok. Eu vou me comportar.

— Eu não disse para você fazer promessas que não pode cumprir. — eu dei uma piscadela para ele e depois entrei no vestiário, onde o resto dos caras já estavam em vários estados de nudez. Assim que nos viram, quase todos começaram a bater palmas e gritar, e Hiroshi até teve coragem de começar a fazer barulhos sexuais enquanto empurrava os quadris no ar.

Eu não me envergonhava fácil - normalmente - mas enquanto Satoru apenas ria, eu podia sentir o calor subindo pelo meu pescoço.

Hiroshi jogou o braço em volta de mim.

— Você poderia ter me dito.

— Você estava um pouco ocupado.

— Porra, você está certo. Que tal eu receber alguns aplausos por isso? — Hiroshi deixou cair o braço e se virou. — Vá em frente. Dê um tapinha nas minhas costas.

— Ieiri vai chutar sua bunda quando souber disso — disse Haibara.

Hiroshi olhou em volta.

— Por favor. Ela provavelmente está no vestiário das meninas se gabando do meu pau agora.

Eu gemi e abri meu armário.

— Se você não calar a boca, não terá um segundo encontro, idiota.

— Como você sabe se já não tenho? — quando arqueei uma sobrancelha, Hiroshi sorriu. — Falando em segundos encontros, você não atendeu o telefone durante todo o fim de semana.

— E daí?

— E daííí que eu acho que você teve um bom segundo e terceiro orgasm… ai, quero dizer, encontro. — Hiroshi esfregou a nuca, onde Satoru havia batido. — O quê? Agora é de conhecimento público.

Mais do que ciente de todos os olhos voltados para mim, mantive meu foco no conteúdo do meu armário e tirei meus sapatos enquanto Satoru dizia:

— Se você estivesse tão satisfeito com sua própria vida sexual, não estaria tão ansioso por detalhes da nossa.

Risos ecoaram no vestiário e Hiroshi levantou as mãos em sinal de rendição. Satoru piscou para mim, e eu só consegui balançar a cabeça enquanto guardava meus óculos escuros e telefone no armário.

Danger Zone | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora