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ai as interações deles nesse cap são tudinho pra mim

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[ GOJO SATORU ]

Uma olhada no rosto de Suguru me disse que ele se retirara para pensamentos pesados, e não era preciso ser um gênio para descobrir o que podiam ser. Dúvida. Dor. Provavelmente estava se perguntando se ainda tinha sua vaga no NAFTA ou se tinha fodido tudo.

Deus, eu não queria vir aqui e ver as consequências do que aconteceu, mas agora eu estava feliz por Haibara ter me arrastado para o hospital. Eu pensei que ver Suguru deitado na cama do hospital me levaria a um lugar escuro do qual não voltaria, mas agora que estava ali olhando para ele, percebi que era exatamente o contrário.

Suguru parecia ruim, sem dúvida, mas vê-lo acordado significava que ele estava vivo, e esse resultado era um milhão de vezes melhor do que o que aconteceu com meu irmão. Claro, eu não queria que Suguru soubesse o quanto eu estava em pânico, então, antes de entrar no quarto, reprimi minhas emoções, determinado a manter as coisas leves como sempre. Quando se tratava de lidar com coisas difíceis, ou eu me fechava ou fazia uma piada. Eu já havia passado dois dias olhando para a parede, então já era hora de passar para a fase dois.

— Então — eu disse, me inclinando para apoiar as mãos na barra da cama. — Quando podemos libertar você? Ou você acha o bolo de carne e a gelatina muito apetitosos para ir embora?

Isso fez com que Suguru abrisse um sorriso.

— Ainda não tive o prazer de provar o bolo de carne.

— Você vai, esta tarde — disse a enfermeira enquanto empurrava um carrinho para dentro do quarto e parava ao lado da cama de Suguru. — Se você conseguir se controlar, parece que poderá voltar para casa amanhã.

— Porra, é isso aí. Ouviu isso? — disse Hiroshi. — Você estará de pé e voando novamente em pouco tempo.

A enfermeira virou a cabeça e prendeu Hiroshi com um olhar severo.

— Você deveria era garantir que o seu amigo não se esforce demais. O corpo dele precisa de tempo para curar. — ela passou um termômetro na testa de Suguru, e eu me vi olhando para a tela do computador para verificar seus sinais vitais. Tudo dentro do normal.

— Hm, talvez devêssemos ir. — disse Haibara a Hiroshi. — Vamos tomar uma bebida ou algo assim enquanto seu amigo é sondado.

— Seria uma boa ideia — disse a enfermeira enquanto clicava no teclado.

— Certo... sim, tudo bem. Eu volto depois. — Hiroshi deu a Suguru um olhar que dizia: Boa sorte com sua enfermeira bruxa, e enquanto Haibara o seguia, ele me deu uma piscadela.

Sozinhos de novo. Bem... quase.

— Então, hum, você disse que ele poderá ir para casa amanhã?

Quando a enfermeira resmungona olhou em minha direção, ofereci meu sorriso mais encantador e, claro, ela o retribuiu.

— Parece que sim. Seu... amigo — ela olhou entre nós, e quando nenhum de nós a corrigiu, ela sorriu. — Está indo muito bem, considerando o que ele passou. — quando voltou a digitar em seu computador, ela perguntou: — Você vai cuidar dele?

Meus olhos foram para Suguru, e justamente quando ele estava prestes a abrir a boca e provavelmente dizer a ela que não, eu fiz o que fazia de melhor: eu tirei vantagem da ajuda que acabei de receber.

— Sim, esse é o plano. Nossos quartos ficam ao lado um do outro no quartel, e achei que seria a opção mais inteligente.

A enfermeira assentiu e olhou para Suguru.

Danger Zone | SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora