Danger Zone | Satosugu

09

e com esse capítulo percebemos que... ah é, não posso falar ainda 🤫🤫
voltamos ao tópico no fim do cap

🎖

[ GETO SUGURU ]

Se Satoru queria me dar a porra de uma revanche, pois então ele a teria.

Eu estava cansado de ver aquele imbecil narcisista enfrentando quem ele queria para chegar ao topo, não importa o custo. Essa merda não iria funcionar comigo. Não mais.

— Third and Sunset — gritei para Satoru acima do ronronar de nossos motores, e então saí da base, minha adrenalina bombeando ainda mais do que durante o voo. Estava misturada com raiva e frustração agora, tornando-se uma combinação mortal para a qual Satoru não estava preparado.

Ele queria uma corrida cujas regras fossem ignoradas? Ele conseguiria uma.

Cheguei até o cruzamento da Third and Sunset, praticamente deserta a essa hora do dia, e não tive que esperar muito até Satoru parar ao meu lado. Quando ele olhou para mim, ele acelerou o motor, fazendo-me ranger os dentes. Levantei a viseira e apontei para uma distância de cerca de trinta quilômetros.

— O ponto final são os penhascos Black Rock. Conhece?

Satoru assentiu.

— No verde — eu disse, apontando para o semáforo. Abaixei minha viseira e me preparei para acelerar. A batida pesada do meu coração era como uma contagem regressiva… quatro... três... dois... um.

O sinal ficou verde e partimos.

Ao disparar pelas ruas, minha visão pode ter ficado vermelha, mas meu foco era claro. Satoru não iria ganhar dessa vez. Eu acabaria com ele e saborearia cada segundo disso. Mas primeiro? Ele poderia engasgar com a minha poeira.

Corri na frente, desviando para sua pista e cortando-o, um movimento idiota que era bem o estilo dele. Pelos retrovisores, pude vê-lo se mover para a esquerda e o segui, bloqueando-o mais uma vez. Então ele foi para a direita, mas um carro na pista ao nosso lado o forçou a voltar para trás de mim, e eu sorri.

Foi a coisa mais inteligente do mundo correr em plena luz do dia onde poderíamos ser pegos? Nem pensar. Mas eu não planejava ser pego, e quando ultrapassamos o carro ao nosso lado, ficou claro que Satoru também não dava a mínima.

Era como se o cara se divertisse com o perigo, como se dar o dedo a alguém com autoridade o deixasse chapado. Invencível. Eu não conseguia entender como alguém passava a vida sem um código moral para mantê-lo sob controle, mas esse cara... Esse cara era demais, e seu ego enorme precisava ser desinflado um pouco.

Mais à frente, a estrada se transformava em uma série de curvas acentuadas, de um lado penhascos rochosos e do outro nada além de ar livre, a estrada com vista para o oceano abaixo. Ao contornar o primeiro trecho, minha moto estava tão rente ao chão que quase tocava no asfalto, mas mantive a velocidade, sem ceder um centímetro. Satoru tinha mantido o ritmo comigo até agora e eu precisava ter uma vantagem maior.

Passei pela segunda curva com facilidade, mas quando levantei a moto, Satoru estava lá, entrando sorrateiramente no interior da pista, e quando um carro passou correndo pela pista oposta, tive que mudar de posição e passar atrás dele.

Droga. Ele era implacável, no chão, no céu... Não parecia importar muito para Satoru onde ele estava. Se houvesse algo a ganhar, ele venceria. Se houvesse regras a serem quebradas, ele as quebraria.

Isso só me fez querer dar um soco nele.

Quando a outra pista ficou livre por um momento, aproveitei a oportunidade para entrar nela, pressionando o motor com toda a força que pude para ficar ao lado dele. Estávamos lado a lado quando fizemos as curvas, mas eu precisava sair daquela pista antes que outro carro…