Silent Cry | #1 Em Chanmin
Em meio ao neon pulsante de uma boate coreana, um leilão macabro toma conta da noite. Jovens sem teto, despojados de esperança, são vendidos como mercadoria aos mais poderosos criminosos do mundo.
Entre os compradores, est...
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Quando os últimos ecos de risadas e tilintar de talheres desapareceram, Chan sinalizou para um criado para levar Seungmin dali, até seu quarto, o criado prontamente se aproximou do garoto.
Com uma reverência respeitosa ao chefe, o criado gesticulou para que ele seguisse pelos corredores labirínticos da casa de Chan. O tapete macio abafava seus passos enquanto eles atravessavam a extensão, as paredes adornadas com obras de arte que provavelmente custavam mais do que Seungmin já tinha visto em sua vida.
A porta do quarto se abriu, revelando um interior banhado pelo brilho suave dos candelabros dourados. Foi como entrar na câmara de um monarca moderno - cada superfície brilhava, cada tecido sussurrava luxo.
Seungmin hesitou na soleira, subitamente consciente se tocasse em algo que poderia quebrar ele não teria como pagar "Não toque em nada" ele lembrou a si mesmo, olhando para uma garrafa de cristal na mesa lateral da cama.
Ele se sentou na enorme cama que preenchia o ambiente, com lençóis tão macios que ele poderia se sentir nas nuvens, além dos quadros que preenchiam as paredes e o computador extremamente caro na mesa perto da janela.
- O Chefe deve subir em alguns minutos, fique a vontade - O criado disse antes de sair e fechar as portas. Deixando Seungmin sozinho no ambiente, ele se permitiu respirar fundo e deitar-se por alguns segundos.
Minutos depois, o clique da porta abrindo tirou Seungmin de seu devaneio. Chan estava lá, um sorriso sincero brincando em seus lábios.
- Gostou? Este é meu quarto - ele disse, sua voz era um comando aveludado que parecia envolver as riquezas da sala - Agora é seu também
- Chan... - Seungmin começou, sua voz quase um sussurro. Ele sentiu o peso do silêncio entre eles, carregado de perguntas não ditas. Engolindo em seco, ele reuniu a coragem que muitas vezes vem antes de uma queda - O que você faz exatamente?
Os olhos de Chan brilharam com uma mistura de diversão e perigo - Eu possuo uma das linhas de carros de luxo mais procuradas por todos os continentes - ele começou casualmente, como se estivesse discutindo sobre o tempo. Ele se aproximou, sua presença imponente.
Seungmin abriu a boca em surpresa, mas discretamente reagiu como se aquilo fosse algo normal - alguém ter tanto dinheiro ao ponto de comprar uma vida? Completamente, anormal.
- Mas há mais no meu império do que apenas máquinas e assentos de couro - Sua voz caiu para um silêncio conspiratório enquanto ele se aproximava de Seungmin - Também supervisiono um grupo de indivíduos... digamos apenas que são especialistas na resolução permanente de problemas.
O coração de Seungmin acelerou quando as peças do quebra-cabeça se encaixaram e ele compreendeu a situação, vendo também como Chan apoiava a mão no cinto como se estivesse segurando algo.
Chan estava falando sobre assassinos. Um arrepio percorreu sua espinha, mas uma parte dele não pôde deixar de ficar intrigada com o carisma sombrio que emanava de Chan, além de estar sendo super atencioso com Seungmin.
