Silent Cry | #1 Em Chanmin
Em meio ao neon pulsante de uma boate coreana, um leilão macabro toma conta da noite. Jovens sem teto, despojados de esperança, são vendidos como mercadoria aos mais poderosos criminosos do mundo.
Entre os compradores, est...
⚠️ O capítulo a seguir contem cenas de sangue, violência e gatilhos.
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Um tempo antes, na noite em que o sr. Hwang Hyunjin foi atacado em seu escritório.
O escritório estava imerso em um silêncio opressor, perturbado apenas pela respiração superficial de Hyunjin, ele ainda estava doente, depois de um resfriado forte e uma semana de trabalho sem fim, o Hwang estava sem forças.
Os dedos de Hyunjin traçaram as páginas mofadas de um livro velho, as bordas quebradiças, e folhas que ameaçavam desmoronar à menor provocação, eram seu único meio de distração.
O som que se espalhava pelo ar acariciava seus sentidos, um clássico jazz tocando ao fundo. Ele tomou um gole de seu café forte, a amargura prendendo-o no momento presente - uma escapatória muito necessária em meio ao caos de sua vida.
A sala vibrava com as cordas e dos instrumentos de sopro, uma harmonia que se tornou tão necessária para Hyunjin quanto respirar.
Mas esta noite, as notas pareciam tocar um canto fúnebre para algo que ele não conseguia identificar, ele estava ainda mais melancólico do que em qualquer dia.
Ao virar outra página, as sombras em seu escritório mudaram sutilmente. Foi uma mudança um pouco silenciosa, mas não suficiente para desviar os olhos do texto.
No entanto, a porta rangeu e som de passos se fizeram presentes, Hyunjin levantou os olhos para identificar quem entrava em seu escritório sem autorização. Ele viu um homem, loiro, de roupas casualmente chiques, o perfume do homem era conhecido e sua voz, cortou totalmente o clima do lugar.
Hyunjin desligou a música, olhando para o homem e então, sabendo que suas intenções não eram nada boas.
- Hyunjin, não tem mais tempo pra mim? - As palavras dele pairaram no ar, cada sílaba misturada com uma diversão sombria e um veneno de familiaridade que deixou os nervos de Hyunjin à flor da pele.
- Yongbok! - Hyunjin deixou que o livro escorregasse de suas mãos. Ele caiu com um baque surdo contra o tapete macio, se perdendo embaixo da mesa.
- Ora querido, não seja tão formal comigo - continuou Félix, o sorriso nunca deixando seus lábios, seus olhos continham um brilho diabólico neles - Está feliz em me ver de novo?
O coração de Hyunjin batia em um ritmo atrapalhado contra seu peito. Ele se levantou da cadeira, e preparou-se para o pior; a presença de Felix só poderia significado uma coisa.
- Nem um pouco - Os músculos de Hyunjin se contraíram enquanto ele se levantava da mesa, seus olhos nunca deixando o olhar friamente impassível de Félix - Pensei que você não quisesse mais me ver.
- E eu não queria mesmo - Felix deu de ombros.
O ar estava denso, cada respiração puxada como uma lâmina afiada atravessando os nervos. Sua mão avançou em direção à gaveta, as pontas dos dedos roçando o metal frio da maçaneta onde a salvação estava escondida - sua arma.
