Silent Cry | #1 Em Chanmin
Em meio ao neon pulsante de uma boate coreana, um leilão macabro toma conta da noite. Jovens sem teto, despojados de esperança, são vendidos como mercadoria aos mais poderosos criminosos do mundo.
Entre os compradores, est...
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O zumbido silencioso da mansão foi abruptamente interrompido por um clamor que ecoava pelos seus grandes salões, uma sinfonia discordante que desviou a atenção de Bang Chan dos cobertores macios que ele estava afofando.
A internação no hospital deixou Seungmin com uma exaustão que se instalou profundamente em seus ossos, e Chan não queria nada mais do que proporcionar-lhe um refúgio de descanso.
Com uma cama macia e comida boa, um descanso que o fizesse renovar as energias. Ele havia preparado tudo para que seu "noivo" se sentisse confortável em casa.
Chan fez uma pausa, as mãos parando no tecido de algodão enquanto a comoção aumentava - o timbre inconfundível da voz de seu irmão Changbin elevava-se acima do barulho, tingido de fúria.
Não era incomum Changbin afirmar sua presença, sua voz muitas vezes ultrapassava as paredes da casa, mas isso era diferente; estava misturado com uma pontada de irritação que não era vista a anos.
Soltando a ponta do cobertor, Chan caminhou em direção à porta, com preocupação franzindo a testa. Seus passos foram abafados contra o tapete macio enquanto ele se aproximava da grande escadaria, a fonte da perturbação onde as vozes ficavam mais claras e nítidas.
Ao descer, a imagem ficou nítida: Changbin, parado no meio daquilo, com o rosto vermelho de raiva, enquanto repreendia um dos funcionários da casa que se encolheu diante dele.
- Idiota desajeitado! Veja o que você fez! - As palavras de Changbin cortaram o ar como um chicote, suas mãos apontando para a mancha escura que se espalhava por sua camisa cara - uma vítima do suco de uva que agora se acumulava, inocente e brilhante, no chão de mármore.
Chan podia ver o tremor nas mãos do funcionário, a maneira como seus olhos corriam em busca de uma fuga.
Sem hesitar, Chan diminuiu a distância, colocando-se entre Changbin e o homem assustado.
- Changbin - disse ele, com a voz firme, mas calma, um forte contraste com a tempestade de raiva de seu irmão - Não vamos fazer cena por causa de um acidente.
O olhar de Changbin cintilou em direção a Chan, seu peito arfando com o esforço de sua explosão. O ar estava pesado, carregado com os restos da discussão enquanto os criados espiavam por trás das portas, seus sussurros aumentando a tensão de Changbin.
- Um acidente? Isso é incompetência! - Changbin cuspiu, mas o fogo em sua voz diminuiu, o calor se dissipou sob o olhar firme de Chan - Nem 10 salários desse inútil pagam minha camisa nova!
- Vamos cuidar disso em particular - sugeriu Chan, estendendo a mão para tocar suavemente o ombro de Changbin, uma oferta de paz em meio à tempestade.
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