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Noite da queda das estrelas.
Sob a chuva, encharcada e sem qualquer esperança de manter uma aparência de superioridade ameaçadora, eu caminhei no campo gramado em direção aos meus filhotes assustados com as três figuras desconhecidas e armadas diante deles, dois com asas de morcego e um ostentando uma coroa assustadora e uma aura sombria e a única mulher presente, muito séria, também usando uma coroa. Para duas crianças que não sabem nada sobre o mundo fora desse pequeno jardim eles pareciam monstros.
Enquanto o trio illyriano permaneceu paralisado com as figuras trêmulas de gêmeos de olhos inegavelmente violetas. Feyre olhou direto para mim.
Senti meu sangue queimar de ódio enquanto o glamour que joguei em mim mesma se desfez como areia ao mesmo tempo que a terra começou a tremer perante minha raiva.
Aos pés de Azriel estava meu irmão jogado no chão como um animal ferido, ele parecia perdido, quase desolado. Não me lembro de um único dia desde que conheci Pherkad onde ele esteve com qualquer expressão que não fosse frieza ou um sorriso leve e possivelmente de mau humor, nunca desolado, nunca parecendo nada além de um muro de gelo imponente.
O que eles fizeram com meu irmão?!!!
Pensar que eu tive pesadelos com esse dia quase me fez rir de vergonha. Como a perspectiva de ser descoberta por Rhysand, por fraquejar quando ele surgisse tentando levar meus filhos para longe, me fez sentir qualquer outra coisa que não raiva?! Fui fraca por muito tempo… tempo suficiente para esquecer que minha força nunca foi de fato minha, eu sempre lutei em favor de outros melhor do que quando lutei por mim mesma.
Esses três homens à minha esquerda não tem ideia do que causaram ao vir aqui, na minha corte.
Como eles ousaram entrar na minha casa?! Como eles ousaram machucar Pherkad?!! COMO ELES OUSARAM ASSUSTAR MEUS FILHOS?!!!
Me desfiz da mochila sem parar meus passos decididos. Percebi que a onda de magia bruta chamou a atenção de todos para mim e vi o momento que os dois illyrianos ficaram tensos com o poder e ameaça implícita partindo de mim. Minha magia era uma coisa disformes e volátil, moldar esse tipo de energia para curar exige o dobro de esforço, mas destruir, aniquilar, consumir… é quase uma segunda natureza.
Ondas de poder cada vez maiores se espalham, enquanto um rastro de destruição foi o que restou entre a distância curta entre os quatro inimigos à minha frente.
Rhysand não tremeu nem se permitiu mostrar medo, porém eu vi o momento muito discreto em que Feyre agarrou sua mão. Pode ser um toque involuntário ou pode ser uma demonstração de preocupação. Independente disso, nenhum deles corre perigo real, não esquento meu irmão está do lado deles como um refém que certamente eu não vou sacrificar.
Isso não significa que eu não possa testar o quanto os invasores estão dispostos a acreditar nessa teoria, afinal pensar em mim como um monstro permite aos poucos se perguntar o que eu não estaria disposta a fazer contra seres que eu odeio com paixão nesse momento.
O que realmente me impediu de seguir em frente e estender minha mão para talvez atingir Rhysand com um trovão ou lançar espinhos de gelo em sua direção, foram meus bebês. Ao me ver, correram chorosos e assustados e agarraram as minhas pernas tornando impossível continuar o caminho da ruína.
Ayla continuou chamando por mim chorando enquanto murmurava palavras incompreensíveis de revolta e medo. Aster que deu seu grito sônico apenas correu com sua irmã até mim sem tirar os olhos do que considerava a maior ameaça. Ele se assustou com o homem desconhecido que usa uma coroa, mas não estava chorando, pelo contrário, Aster persiste em olhar diretamente para Rhysand de uma forma selvagem e hostil.
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Corte de Renascimento e Redenção
FanfictionGeneral de Hybern, Ladra dos sete grão-senhores, A praga de Prythian, Poderosa, ardilosa e cruel, Grã-Rainha de Prythian. A melhor e mais odiosa vilã de "Corte de Espinhos e Rosas" está marcada para morrer no final do primeiro livro, um destino mere...