Corte de Renascimento e Redenção

Capítulo 38: Escolhas.

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Duas semanas antes da queda das estrelas.

Tive um período tranquilo nesses anos de isolamento. Infelizmente minha paz seja ela qual for, não foi concedida para durar muito tempo. Nunca para mim, não felicidades ou meramente uma vida sem medo e preocupações, sempre fui obrigada a viver no caos.

Nascida no caos. A vida de alguém como eu ensina que em um mundo caótico, a única forma de sobreviver é aceitar a turbulência, aprender a viver na tempestade... Eu sou a rocha cujas ondas do mar se partem.

Seis anos atrás fiquei devastada e disse ao meu irmão que não queria saber nada sobre suas andanças e planos contra Hybern ou contra nosso pai, eu só queria ser deixada em paz com meus filhos em meu lugar seguro e fingir que o mundo não existe.

Protegida em uma bolha de ignorância voluntária da qual por seis anos, ao duvidar de minhas decisões, não me sentia arrependida delas em nenhum momento.

Esse não era meu mundo ou minha vida, isso era apenas a realidade que tive de suportar. Amei meus filhos, aprendi o irmão que esse mundo me deu, dei uma chance àquele que me traiu e custou para mim muito mais do que tempo ou cicatrizes, ele me custou anos de trabalho para cuidar de minha saúde mental e equilíbrio.

Tendo meus filhos e minha família comigo ou não algo em mim foi profundamente arruinado com os acontecimentos, então estar isolada do mundo foi a melhor escolha que eu poderia ter feito por mim mesma.

Em 4 anos de reclusão, tive pouco ou nenhum contato com o lado de fora das alas de proteção, o que não manteve longe o conhecimento torturante do que estava acontecendo ao meu redor.

Pherkad não precisou me contar, simplesmente era possível ver a derrota em seu rosto. Ele usou todos os seus recursos para manter meu ambiente pacífico como eu precisava, meu irmão colocou considerável esforço na estabilidade que meus filhos merecem e me deu tempo para curar sem questionar sequer uma vez o motivo por trás dessas escolhas.

Eu vi a cada dia quando ele retornou de outra missão com espiões e artimanhas para atrasar a guerra, como ele ficou esgotado. Pherkad lutou sozinho uma luta perdida. Ele afastou Hybern, nosso pai, criaturas do meio, feéricos e grão-senhores que precisam conseguir mesmo um dos livros sob meu cuidado.

Dois anos atrás com a companhia de Tamlin se tornando mais frequente e meu estado destruído de quando estive presa sendo relativamente melhor, não pude mais colocar os problemas ao meu redor e me manter cega a realidade e que passou muito da hora de me livrar do livro dos sopros.

Quando duas semanas antes da queda das estrelas Pherkad retornou a cabana sua expressão solene, eu sabia que tínhamos chegado ao ponto sem retorno.

A tempos disse ao meu irmão que deveríamos devolver o livro à corte noturna e não tocamos mais no assunto… não fiz nenhuma tentativa de colocar as coisas em movimento então como tinha feito todos esses anos Pherkad esperou minhas ordens.

Seu arrependimento depois de ter passado por cima de minhas vontades que custou minha liberdade foi algo implacável para meu irmão. Navi pode ter me traído, mas ele não era nada mais do que um servo querido na época. Pherkad com sua teimosia em me levar para casa quase custou minha vida, meus bebês e a minha liberdade. Para ele, isso foi imperdoável, depois de inadvertidamente falhar com o irmão mais velho de Clythia, ter colocado em risco sua única irmã viva, era um crime de morte.

Desde que saí de Hybern com Navi e meu irmão, não houve um dia que Pherkad tivesse declarado abertamente sua opinião contra minhas escolhas, ele apenas fez tudo ao seu alcance para realizar minha vontade mantendo a segurança que encontrei nessas terras.