Capítulo 37: O corvo.

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Três semanas antes da queda das estrelas.

Se eu em algum momento reclamei do choro sônico dos meus filhos ou das noites em claro servindo como uma vaca para os filhotinhos de morcego eu não tinha nenhuma ideia de que aquele foi o treinamento do que estava por vir.

Com quase 6 anos meus filhos tem aprendido muito... e uma dessas lições foi para que eles pudessem aprender como fazer cada minuto do meu dia, um minuto a menos no meu tempo de vida... e eu sou imortal!

A cabana aconchegante que costumava ser um refúgio seguro se tornou uma maldita arena dos jogos vorazes! Juntos os pequenos morcegos infernais tem feito armadilhas, pegadinhas e brincadeiras que em algum momento vão fazer meu cabelo ficar branco sem dúvida alguma.

Tudo começou com uma tranquila noite em que fui colocar meus bebês para dormir cada um em sua própria cama de criança crescida e como me pediram eu contei uma história... foi uma péssima ideia falar com eles sobre Harry azarado Potter! Deuses se fosse possível eu me ofereceria para matar aquele garoto cicatriz por ter trazido o inferno a minha casa.

Bem, eu comecei a contar a triste história sobre o órfão que foi deixado para viver com a família dos três porquinhos que o lobo mal não comeu. (Houveram adaptações na narrativa.) E que como nós, ele tinha poderes mágicos, conheceu um gigante intrometido e acabou num sanatório para bruxos, chamado Hogwarts. Conheceu amigos, entre eles um ruivinho comilão e uma garota sabe-tudo com quem passou grandes aventuras. Enfim, eu contei das tentativas estúpidas do garoto cicatriz e seus amigos de vencer o grande 'lorde trevoso' (chamado Valdemiro), amigos esses que para minha infelicidade inclui os gêmeos Weasley.

Porque eles não decidiram agir como a Hermione? Porque tinha que ser a mistura explosiva de gêmeos Weasley e gangue dos marotos?!

Se em algum momento eu quis amaldiçoar os livros favoritos da minha infância esse foi o momento! Teria sido um problema menor se eles tivessem tentado imitar os malditos Lannister!!!! Parece que o azar do Harry foi transmitido para mim por osmose.

Naquela singela noite, quando contei sobre algumas pegadinhas dos gêmeos durante o reino de terror da madame Sapo cor de rosa, não me ocorreu que as histórias de pegadinhas se tornaram fonte de imaginação para meus próprios diabinhos ruivos. Até que acordei assustada com o som nada assustador de algo explodindo na cozinha!

Quando cheguei a cena do crime tudo o que encontrei foi um morcego cinzento de olhos negros e presas brilhantes coberto de mingal da mesma forma que toda a cozinha estava, tudo um caos atingido pela explosão nada incriminatoria dos gêmeos rindo no alto da escada olhando para minha consternação e a expressão mortífera de Navi.

Esse foi só o começo do que se tornou uma brincadeira atrás da outra.

Eu me acostumei a ver Aster e Ayla se esgueirando pelos cantos e sombras e poucos minutos depois só s de objetivos quebrando gritos de susto seguidos por rosnados de consternação e depois palavras furiosas que precede uma corrida por toda a casa. Duas cabeleiras ruivas correndo e atrás deles Pherkad outra vítima de suas brincadeiras.

Alguém pode perguntar: Porque você simplesmente não castiga os pestinhas? Eu lhes respondo. Apesar de agirem como a prole infernal da grifinória, eles ainda são filhos legítimos de uma sonserina clássica e não deixam provas para ser usadas contra eles, como todos sabem: somos todos inocentes até que se prove o contrário.

Trocar o sal e o açúcar de seus respectivos potes se tornou tão natural que eu já me acostumei a adoçar o chá procurando açúcar no recipiente do sal. Claro que quando os gêmeos perceberam eles mudaram as táticas.

Corte de Renascimento e RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora