Corte de Renascimento e Redenção

Capítulo 46: Palavras.

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Dois dias depois do jantar onde ninguém realmente comeu e os grão-senhores da corte noturna discutiram, as coisas se tornaram menos sustentáveis para mim, então eu me mantive isolada nas acomodações onde fui colocada. Pherkad não fez questão nenhuma dos jantares e, Aster se recusou a sair de perto depois que voltei naquela noite.

Ayla por outro lado parecia muito curiosa e aventureira para se importar com a ruptura óbvia entre nossa família e a corte noturna. Ela provavelmente não entende tudo o que está envolvido em relação a nós e eles e dúvido que ela agiria diferente mesmo que soubesse. Minha filha sempre tira suas próprias conclusões e age de acordo sem se importar com a opinião alheia.

Assim meu irmão que se recusou a permitir que qualquer membro de nossa família esteja sozinho com um deles foi aos jantares acompanhando Ayla mesmo quando se recusou a falar com alguém além de sua sobrinha.

Hoje depois do que eu sabia ter sido a trégua entre o casal de morceguinhos, por isso eu esperava que junto de Pherkad e as crianças, conseguiria ir para a mesa para tomar café com a corte noturna e minha família sem parecer os dois lados de uma guerra. Óbvio que isso foi um mero desejo inocente para a minha sorte de merda…

O dia começou como outro qualquer, o Sol nasceu, eu levantei com os pulos de Ayla em minha cama e um muito descontente Aster agarrado a sua pelúcia, os dois ainda de pijamas.

Eu os ajudei a se lavar e deixei que escolhessem suas roupas para o dia. Aster vestiu um dos vestidos de Ayla, com a cor verde e bordado com renda fina na forma de delicadas flores de íris na cor branca perolada e colocou as sandálias de tiras prateadas. Ele parecia tão sério enquanto se vestia.

Foi uma surpresa ver meu bebê colocando as roupas de sua irmã, porém nunca foi um problema para mim como alguém escolher se vestir e eu não poderia me importar com a opinião dos outros acima da felicidade dos meus filhos. Ayla não o questionou em nenhum momento, então eu também não fiz e só posso esperar que ninguém esteja com desejo de cortejar a morte hoje, porque com toda certeza, o idiota que comentar alguma coisa sobre Aster, será um idiota a menos no mundo!

Ayla colocou um vestido leve azul com pequenas pedras vermelhas nas mangas e na barra do vestido e um par de sapatilhas cor creme.

Trancei o cabelo ruivo dela e ao terminar me perguntei porque eles estão se arrumando tanto.

Quando estava pronta para eu mesma trocar de roupa para ir tirar P da cama e tomar nosso desjejum, senti Aster puxar a barra do meu roupão e olhei em seus olhos violetas brilhantes.

Ele me entregou um pequeno papel.

“Mamãe pode fazer tranças em mim também?”

Olhei meu bebê e sorri para ele antes de responder e usar a magia que Tamlin me ensinou, não fez parte dos meus dons naturais. Tamlin poderia transformar todas as partes de seu corpo e lançar seu poder sobre outros para mudar sua forma absoluta. Ele me ensinou o processo e mostrou como transformar suas sentinelas em animais e também algo mais útil para mim, como mudar a cor do cabelo e dos olhos, se parecia muito com glamour com a diferença que pode durar indefinidamente ou até que eu escolha reverter.

Tudo muito complicado para mim já que apesar de ter aprendido muito sobre magia e também sobre minha herança familiar, o poder não foi aprimorado para criar nem transformar nada, meu poder consome e distorce a natureza ou extrai e subverte o natural. Essa é a forma da magia de Hybern, magia escura e antiga.

Toquei o cabelo de Aster e fiz muito esforço para fazê-lo crescer até o tamanho do cabelo de Ayla, não poderia sustentar a transformação por muito tempo, não era fácil usar essa ramo de poder que foi tão oposto ao meu dom natural, mas se meu menino quer a experiência de longos cabelos e um lindo e delicado vestido, eu vou realizar seus desejos.