Capítulo 51: A calmaria.

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Ao levar os gêmeos para veláris e ouvir sobre a vez anterior que eles foram apresentados a alguns pontos como o rio Sidra e o bairro dos artistas, Rhys percebeu que eles não conheceram a parte onde estava a casa que Amy barganhou com ele, como se Rhysand simplesmente fosse me cansar dos meus filhos depois de passar um tempo com eles!... Ou talvez ela apenas o deteste o suficiente para não suportar viver com ele por mais do que o estritamente necessário.

De qualquer forma a casa junto com um amplo jardim e um pequeno ateliê para esculturas estava pronto, Rhys apenas não queria perder seus filhos de vista no pouco tempo que passou com eles, e Amy parecia uma companhia divertida quando não olhava para ele como se estivesse considerando a melhor forma de matá-lo sem se comprometer com tais desejos sanguinários contra o único grão-feérico que não a quer morta nesse continente, possivelmente em todos os continentes...

Foi pouco tempo e muitos acontecimentos para que ele tivesse tempo e força emocional para dedicar sua mente em uma viagem de autoanálise Rhys não tinha certeza de seus sentimentos e não pensava que teria certeza de qualquer coisa em um futuro previsível. Seu casamento é um prédio condenado, sua relação com o círculo íntimo estava mais do que tensa depois da discórdia deles sobre seu comportamento na corte dos pesadelos, Azriel estava dividido entre suas responsabilidades e lealdade entre a corte e seu companheiro já tinha algum tempo sem que Rhys pode conversar com seu irmão livre de suspeitas sobre o uso da troca de informações entre eles.

Cassian estava sobrecarregado com a ausência de Azriel e a reclusão de Mor, que deveria ajudar a integrar a legião de Keir ao exército ilyriano e treinar junto deles enquanto mantém a diplomacia entre Cass e Keir. Amren estava em sua função como babá de Nestha o que era melhor do que deixar a coisinha furiosa sozinha, porém ainda um problema já que depois do ataque a veláris e algumas outras cidades da corte noturna Amren devia estar de vigia durante a noite como foi estabelecido muitos atras depois do primeiro ataque a veláris.

Em resumo tudo está uma bagunça maldita em sua vida. A companhia mais decente que ele pode encontrar pode muito bem ser Elain e a doce fêmea parecia mais perdida em sua própria mente do que presa a realidade, conversar com ela era como falar sozinho a maior parte do tempo e os deuses sejam piedosos Rhysand não suportava o olhar perpetuamente devastado de Elain... que ironia cruel que a única pessoa com que ele pode ter uma conversa agradável e um jantar tranquilo seja a mesma mulher que em muitos momentos olha para ele como se desejasse vê-lo se engasgar com o vinho.

Naquela manhã quando Amy o deixou com seus filhos, Rhys realmente queria agradecer a ela, não apenas pela oportunidade de passar tempo com seus filhos, mas por ter de forma indireta uma desculpa para esquecer todos os problemas em sua vida.

Depois de tomar o café da manhã com as crianças, Rhys perguntou se eles poderiam voar longas distâncias ou se precisavam que ele os levasse em sua viagem até veláris. Ayla respondeu com muito entusiasmo que poderia voar o dia todo, Aster se abster de falar e apenas seguiu sua irmã quando essa correu de braços abertos para a varanda e se jogou no ar.

Rhys tem quase certeza que teve um pequeno infarto quando viu sua filha se jogar em um precipício acima das nuvens sem primeiro exibir com segurança suas lindas asas, mas no segundo em que começou a mergulhar Ayla estendeu suas asas sem nenhum traço de medo, ela tem confiança em sua capacidade, ela voa como se fosse sua real natureza, como se caminhar fosse uma segunda natureza e o céu fosse seu verdadeiro lar. Foi deslumbrante assistir.

Aster expôs suas asas antes de pular da borda e Rhysand admirou a sincronia entre os gêmeos por um segundo antes de abrir suas longas asas e voar com eles. Uma lembrança distante de seu primeiro voo com sua irmã e mãe a séculos atrás o fez estremecer com êxtase da emoção de plena felicidade, um sentimento tão profundo de pertencimento e amor por essas duas pequenas criaturinhas que são suas quase o derrubou, ele não se sentiu tão bem em eras, quase tinha esquecido a leveza de estar irradiando amor, faz muito tempo de ele não voa livre no céu pelo simples prazer de voar. Voar com seus filhos o lembrou de como ele se sentiu com a família que ele perdeu.

Corte de Renascimento e RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora