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Uma semana antes da queda das estrelas.
Falta apenas uma semana para a queda das estrelas e não tenho certeza se Navi ou Pherkad estão vivos... eles deveriam ter retornado a dias, mas não há sinal de nenhum deles, sem mensagens de socorro, sem avisos de atrasos, nem mesmo pedidos de resgate.
Enquanto eu permaneço em minha gaiola de proteção, esperando que eles encontrem uma forma de enviar uma mensagem para mostrar que estão vivos, me garantir que estão voltando para casa... não há nada além de um estrondoso silêncio.
Meu falho teatro de calma para as crianças começa a falar quando Ayla pergunta várias e várias vezes seguidas quando Navi vai voltar, o que vamos fazer esse ano na queda das estrelas, quando seu tio vai voltar para a celebração, se ele vai cozinhar e causar uma pequena explosão na cozinha como fez a única vez em que pedimos para ele preparar o jantar.
Pergunta que eu não posso responder. Como vou contar aos meus filhos que seu tio pode não voltar? Como vou contar que meu irmão pode não estar vivo... como vou dizer que talvez seja melhor estar morto do que preso em Hybern, ou não garras negras de Rhysand e Feyre.
O que pode ter acontecido com ele nas mãos do feérico que colocou a cabeça de alguém numa maldita estaca para mandar uma mensagem?!
Naci pode estar em um estado ainda pior. Preso com o Entalhador de ossos, ou com a Tecelã... ele pode nem mesmo estar vivo. Os dois podem estar sofrendo torturas inomináveis ou podem estar mortos por tudo o que eu sei!!!
Pensar nas piores coisas se tornou minha rotina. Ficar encolhida entre as roseiras coloridas com Edgar em meu ombro enquanto os gêmeos trabalham em seu mais recente plano mirabolante. Todo o tempo pensando de quais formas terríveis duas pessoas que eu aprendi a amar estão se arriscando por culpa minha.
Nunca devia ter dito para Navi pegar aqueles livros em Hybern, devia ter deixado as coisas acontecerem naturalmente, foi uma escolha estúpida e eu sou a única que devia pagar por isso! Não Navi, e definitivamente não Pherkad! Eles sacrificaram tanto por um arrependimento que nem deveriam sentir, fizeram o melhor para manter meu ambiente, me ajudaram a cuidar dos meus bebês e da forma deles me amaram e não questionaram minha dor ou a reclusão com a qual eu escolhi viver.
Um dia para a queda das estrelas para a queda das estrelas eu tomei a decisão de não ficar parada por mais tempo.
Mesmo que eu precise procurar em cada canto escuro e perigoso de Prythian vou encontrar minha família e trazê-los de volta para casa, nem que sejam seus ossos para descansar em nosso pacífico jardim.
Antes do primeiro raio de Sol surgir no horizonte eu tinha uma mochila pronta com uma muda de roupas, comida , um cobertor, água e alguns frascos de poção que Pherkad me deu. Para emergências. Essa é definitivamente uma emergência!
Antes de sair coloquei um feitiço de sono poderoso que manteria os gêmeos dormindo por no máximo 8 horas, tempo suficiente para conseguir informações dos últimos acontecimentos na guerra e com sorte uma pista sobre Pherkad e Navi.
Em último caso sempre existe o Suriel... que provavelmente não gosta de mim e não vai responder minhas perguntas, mas tempos desesperados pedem soluções pouco ortodoxas.
Joguei o glamour mais poderoso que meu irmão me ensinou e que eu poderia manter por uns dias e sem me dar a chance de olhar para trás e vacilar na convicção de sair das proteções eu andei.
Sair pelas alas foi como atravessar as portas de um aeroporto onde o ar é fresco e limpo indo direto para o ar quente da Flórida. Sem as alas de sangue que P fortaleceu e Tamlin havia reconstruído não existia paz, apenas o medo selvagem do perigo, os pesadelos se tornando reais outra vez.
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Corte de Renascimento e Redenção
FanfictionGeneral de Hybern, Ladra dos sete grão-senhores, A praga de Prythian, Poderosa, ardilosa e cruel, Grã-Rainha de Prythian. A melhor e mais odiosa vilã de "Corte de Espinhos e Rosas" está marcada para morrer no final do primeiro livro, um destino mere...