Lee Dong-wook (ator)- Lonely Night

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A cidade estava envolta numa escuridão tranquila, uma quietude que espelhava a dor vazia no meu peito. Fiquei junto à janela, as luzes da cidade a brilhar lá em baixo, mas o seu brilho apenas servia para realçar o vazio dentro de mim. A noite parecia estender-se sem fim, tal como a dor de desejar por ela que se recusava a desaparecer.

S/n. O nome dela sussurrava pelos compartimentos do meu coração, um nome que outrora trazia alegria incomparável, agora uma melodia agridoce que assombrava cada pensamento meu. Ela era aquela que acendeu um fogo dentro de mim, um fogo que ardia com uma paixão que eu nunca conhecera antes. A sua risada era a minha sinfonia, a sua presença o meu refúgio. Mas agora, ela partira, deixando para trás um vazio agonizante que me consumia.

Memórias inundavam a minha mente como uma maré imparável. Recordava o calor do seu sorriso, o toque suave da sua mão e a forma como os olhos dela continham galáxias de emoções. Éramos inseparáveis, duas almas entrelaçadas num amor que parecia invencível. Contudo, o destino tinha outros planos, separando-nos com uma indiferença cruel que despedaçou o meu mundo.

Foi uma desilusão amorosa que cortou fundo, deixando pedaços de dor que se recusavam a sarar. As noites eram as mais difíceis. A escuridão envolvia-me como um manto sufocante, amplificando a ausência da presença dela ao meu lado. O sono tornou-se um amigo distante, pois no silêncio da noite, a ausência dela ecoava mais alto do que qualquer som.

O desejo era implacável, uma dor constante que roía por dentro. Ansiava por ela, pela familiaridade da sua risada, pelo conforto do seu abraço. Mas ela tinha partido, escapando como um sopro de fumo ao vento, deixando-me agarrado a memórias que pareciam demasiado frágeis para segurar.

O medo da noite estava entrelaçado com o medo de a perder completamente. A escuridão parecia amplificar os meus receios, criando pesadelos vívidos onde ela se afastava cada vez mais, tornando-se uma silhueta distante que eu nunca conseguia alcançar. Temia o cair da noite, pois era um cruel lembrete da sua ausência, um lembrete de que o nosso amor era agora um mero sussurro nos ecos do tempo.

Muitas vezes encontrava consolo nas ruas da cidade, esperando encontrar um fragmento dela nas multidões movimentadas. Cada transeunte, cada olhar fugaz, continha a possibilidade de ser ela. Mas era uma busca fútil, um anseio desesperado por algo que estava irremediavelmente perdido.

A lua pairava no céu, lançando um brilho prateado sobre o mundo lá em baixo. A sua beleza etérea costumava ser uma fonte de admiração para nós, uma companheira celestial para as nossas conversas pela noite dentro. Agora, ela troçava de mim com a sua presença radiante, um contraste nítido com a escuridão que envolvia a minha alma.

Apesar da dor, apesar do desejo, um lampejo de esperança persistia dentro de mim. A esperança de que talvez, apenas talvez, a noite um dia perderia o seu domínio sobre o meu coração. A esperança de que as estrelas se alinhariam novamente, guiando-a de volta até mim. Era uma esperança frágil, como uma flor delicada a brotar nas fendas de uma paisagem desolada, mas era tudo o que eu tinha para me agarrar nesta noite interminável de tristeza.

Enquanto permanecia junto à janela, traçando as constelações com olhos cansados, sussurrei o nome dela para a noite, um apelo silencioso carregado pelos ventos na esperança de que chegasse até ela, onde quer que estivesse. E enquanto a cidade dormia, eu permanecia suspenso num limbo de desilusão amorosa, desejo e um medo inabalável de uma noite sem ela.

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