O sol mal começara a sua ascensão, lançando um brilho suave através das cortinas, mas a minha mente já estava envolvida num turbilhão de emoções. S/N estava deitada ao meu lado, a dormir pacificamente, alheia à agitação que fervilhava dentro de mim. A nossa relação fora um intricado tecido bordado com risos, sonhos partilhados e momentos de pura felicidade. Mas ultimamente, os fios da dúvida e do conflito interior ameaçavam desfazer tudo.
Enquanto contemplava o seu rosto sereno, uma pontada de culpa puxava o meu coração. Como poderia questionar o que tínhamos? S/N era tudo o que eu sempre quis — o som da sua risada era a banda sonora da minha felicidade, o seu calor o refúgio que procurava. Contudo, sob a superfície do nosso amor, as dúvidas cresciam, roendo a minha consciência como sussurros implacáveis na calada da noite.
A raiz da minha agitação residia no abismo entre as minhas aspirações e a realidade. Os nossos caminhos estavam a divergir, e os sonhos que antes se alinhavam agora pareciam ecos distantes. A minha ambição de explorar territórios desconhecidos colidia com o conforto da nossa rotina. Os desejos conflituosos dilaceravam-me — uma incessante luta entre perseguir as minhas paixões e preservar a santidade do nosso amor.
O peso da minha incerteza pressionava-me, sufocando-me com o seu domínio. S/N mexeu-se ao meu lado, os olhos dela abrindo-se lentamente. Uma onda de culpa invadiu-me quando encontrei o seu olhar, os olhos dela ainda pesados de sono, mas repletos de um amor inabalável que ecoava os votos que trocáramos.
"Oppa, estás bem?" A voz dela era suave, impregnada de preocupação.
Forcei um sorriso, uma tentativa fraca de esconder o turbilhão que se desenrolava dentro de mim. "Estou bem, apenas um pouco inquieto."
Ela estendeu a mão, o toque dela reconfortante ao acariciar-me a face. "Sabes que podes falar comigo, certo? Seja o que for, enfrentaremos juntos."
As palavras dela eram uma linha de vida, mas o peso da minha agitação interior era demasiado pesado para partilhar. Assenti, uma frágil garantia de que não estava pronto para confrontar a tempestade que crescia dentro de mim.
Dias tornaram-se semanas, e o abismo entre nós alargou-se a cada momento que passava. As nossas conversas, outrora repletas de debates animados, agora pareciam tensas, pontuadas por silêncios desconfortáveis. Encontrei consolo em momentos solitários, procurando refúgio na tranquilidade da natureza, na esperança de encontrar clareza no meio do caos.
Numa tarde, enquanto os tons carmesim pintavam o céu, encontrei-me no topo de uma colina, a cidade estendida sob mim, as suas luzes a cintilar como estrelas distantes. A brisa suave trazia consigo uma sensação de libertação, mas o peso da minha indecisão permanecia. Fechei os olhos, buscando respostas nos sussurros do vento.
"Oppa."
A voz dela rompeu a tranquilidade, e virei-me para encontrar S/N ali parada, os olhos refletindo a preocupação gravada na voz dela.
"Tenho procurado por ti por todo o lado. O que te tem estado a incomodar?" As palavras dela pairaram no ar, carregadas com o peso de verdades não ditas.
O momento da verdade tinha chegado, e eu não podia mais evitá-lo. Respirei fundo, as palavras fluindo apressadamente, um turbilhão de emoções que mantivera engarrafadas.
"Amo-te, S/N. Mas estou dividido entre seguir os meus sonhos e agarrar o que temos. Receio que os nossos caminhos possam estar a divergir, e não sei como colmatar essa lacuna."
Lágrimas acumularam-se nos olhos dela, e ela deu um passo em frente, a mão dela procurando entrelaçar-se com a minha. "Também tenho sentido isso, oppa. Tenho sentido a distância a crescer entre nós. Mas o amor não é sobre prender alguém. É sobre apoiar-nos, mesmo que signifique deixar ir."
As palavras dela ressoaram em mim, desbloqueando uma clareza recém-descoberta. O amor não era sobre restringir um ao outro dentro dos limites do conforto; era sobre dar poder um ao outro para perseguir as suas aspirações, mesmo que significasse seguir caminhos separados.
Com olhos lacrimejantes, abraçamo-nos, uma despedida agridoce entrelaçada com amor e compreensão. Enquanto ela se afastava, uma sensação de libertação invadiu-me — uma resolução recém-descoberta para embarcar no caminho que me chamava, armado com o amor e apoio que permaneceriam para sempre no meu coração.
A jornada pela frente poderia estar repleta de incertezas, mas no meio do mar tumultuoso de emoções, encontrei consolo na realização de que o nosso amor resistiria, uma promessa não expressa gravada no tecido das nossas memórias partilhadas.
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KPOP & Dorama IMAGINES
FanficEste livro vai ser só de imagines. Podem fazer o vosso pedido de imagines, de grupos, individuais ou solistas e até mesmo atores de dorama. Este é o meu primeiro livro publicado, por isso espero que me possam ajudar e dar opiniões construtivas. Espe...