As ruas de Seul fervilhavam de vida, um vibrante tecido de luzes e atividade agitada que parecia ecoar o ritmo do meu coração. Entre os milhões que percorriam estas ruas, o meu olhar procurava sempre uma figura familiar, uma presença elusiva que assombrava cada momento acordado. S/n, com a sua risada contagiante e olhos gentis que abrigavam galáxias, era a musa da minha sinfonia silenciosa. O seu nome sussurrava pelos corredores da minha mente, uma melodia da qual não conseguia escapar, e nem queria. Mas o destino tinha tecido uma teia complexa, entrelaçando os nossos caminhos de uma forma que nos mantinha próximos, mas dolorosamente afastados.
Como ator, os meus dias eram preenchidos com guiões e câmaras, um turbilhão de performances que mascaravam a dor interior. Mas por trás da fachada de luzes e aplausos, o meu coração sussurrava a verdade não dita - ansiava por S/n de uma forma que transcendia as simples palavras. Os nossos encontros eram fugazes, momentos roubados entre agendas caóticas. Ainda assim, cada olhar roubado, cada sorriso partilhado, tornava-se fragmentos de um mosaico mais precioso do que qualquer prémio. Foi durante estes breves interlúdios que vislumbrei as profundezas da ligação, um vínculo que suplicava por reconhecimento, mas não ousava ultrapassar os limites das nossas vidas profissionais.
A dor da saudade florescia no meu peito, uma dor da qual não me atrevia a falar, temendo que quebrasse o delicado equilíbrio que mantínhamos. Mas numa noite fatídica, sob o brilho luminoso da cidade, o destino interveio, oferecendo uma rara oportunidade de revelar a verdade enterrada dentro de mim. Uma festa de encerramento para o nosso último projeto lançava um suave brilho sobre os rostos reunidos, um ar de celebração misturado com um subtom melancólico pelo fim de mais um capítulo. No meio das gargalhadas e conversas, S/n destacava-se, uma visão gravada na minha mente, irradiando uma graça etérea que me deixava sem fôlego.
Reunindo coragem das profundezas da minha alma, naveguei pelo mar de bem-aventurados, cada passo pesado com o peso das confissões não ditas. Quando os nossos olhares se encontraram, o tempo pareceu parar, a cacofonia à nossa volta desvanecendo-se numa sinfonia silenciosa que ecoava as batidas do meu coração. "S/n," comecei, o nome uma invocação sagrada nos meus lábios. "Há algo que tenho carregado dentro de mim, algo que já não consigo manter escondido."
Os seus olhos, poços de profundidades infinitas, mostravam uma mistura de curiosidade e apreensão, instando-me silenciosamente a continuar. "Cada momento passado ao teu lado tem sido um tecido de saudade e admiração. Tornaste-te mais do que uma colega, mais do que uma presença passageira na minha vida."
Um delicado tremor dançou pelas bordas da sua expressão, um silencioso reconhecimento dos sentimentos não ditos que pairavam entre nós. "Mas o nosso mundo," continuei, a minha voz um sussurro frágil contra a noite, "é confinado pelos papéis que desempenhamos, pelas expectativas que nos prendem. E embora o meu coração anseie por ultrapassar o abismo entre nós, temo as repercussões, a agitação que poderia trazer às nossas vidas."
O olhar de S/n suavizou-se, um entendimento silencioso passando entre nós como uma brisa suave. "Seo Kang-jun," murmuraram, a voz um carinho terno, "algumas conexões transcendem as fronteiras impostas sobre nós. E embora o caminho à frente possa ser cheio de incertezas, a beleza está em reconhecer o que pulsa nos nossos corações."
As suas palavras pairaram no ar, uma melodia comovente que ecoava dentro de mim, provocando uma tempestade de emoções. Por um breve momento, o mundo à nossa volta deixou de existir, deixando apenas o eco das nossas verdades não ditas a ressoar na quietude.
À medida que a noite se dissipava e o pulso da cidade retomava o seu vigor, seguimos caminhos diferentes, o peso das confissões não ditas mais leve mas mais pesado sobre os nossos ombros. A dor interior permaneceu, testemunha da dança agridoce do amor e da saudade que persistia, eternamente gravada nos recantos das nossas almas.
Nas semanas que se seguiram, as nossas vidas continuaram em caminhos separados, entrelaçados mas distantes, cada passo marcado pelo eco daquela troca sincera. E embora a dor persistisse, uma companheira silenciosa, continha o sabor do amor que ousava existir, mesmo no silêncio que nos envolvia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
KPOP & Dorama IMAGINES
Fiksi PenggemarEste livro vai ser só de imagines. Podem fazer o vosso pedido de imagines, de grupos, individuais ou solistas e até mesmo atores de dorama. Este é o meu primeiro livro publicado, por isso espero que me possam ajudar e dar opiniões construtivas. Espe...