Lee Min-ho (Ator)- Phobia

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Acordei sobressaltado, a ofegar por ar, o coração a bater no peito como um tambor num ritmo frenético. Os lençóis colavam-se a mim, húmidos de suor, enquanto os resquícios do pesadelo persistiam na minha mente como um hóspede indesejado. Era o mesmo terror recorrente que assombrava as minhas noites há semanas, o medo de perder a pessoa que mais amava, a S/n.

No quarto pouco iluminado, as sombras dançavam pelas paredes, ecoando o caos nos meus pensamentos. Passei a mão pelo cabelo, tentando afastar os vestígios do sonho. Mas ele grudava em mim como um espectro implacável, um rolo vívido de perda imaginária que cortava a minha alma como uma lâmina.

A S/n era o meu pilar, a minha luz guia nos tempos mais sombrios. A sua risada era a melodia que trazia cor ao meu mundo, e a sua presença era o santuário que procurava no caos da fama e das expectativas. Mas com esse amor vinha um medo avassalador, uma ansiedade que roía por dentro, sussurrando possibilidades terríveis.

Estendi a mão para o telemóvel na mesinha de cabeceira, o peso familiar oferecendo algum sentido de estabilidade no meio do meu tumulto. O meu polegar pairou sobre o contacto da S/n, a hesitação a apertar-me o estômago. E se os meus medos se tornassem realidade, manchando os momentos felizes que partilhávamos? E se a minha ansiedade implacável os afastasse?

O pesadelo repetia-se na minha mente, atormentando-me com cenas vívidas de separação e perda. Sentia o vazio a abrir-se, a engolir tudo o que importava, deixando-me a lutar por ar num mundo desprovido da presença deles. Era irracional, eu sabia. Mas o medo raramente se guia pela razão.

Com dedos trémulos, marquei o número deles, o toque familiar ecoando no silêncio do quarto. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, amplificando o medo que me agarrava. E se eles não atendessem? E se as minhas preocupações fossem refletidas no silêncio deles?

"Alô?" A voz da S/n cortou o estático dos meus medos, uma linha de vida no meio dos meus pensamentos descontrolados.

A minha garganta apertou-se, as emoções ameaçando transbordar numa torrente que eu não conseguia controlar. "Hey, sou eu", consegui dizer, a minha voz traindo o desconforto que me assolava.

"Está tudo bem?" A preocupação da S/n era palpável mesmo através do telefone, um lembrete do apoio inabalável que eles ofereciam, mesmo perante os meus medos irracionais.

Lutei para encontrar as palavras, para articular o tumulto que assolava a minha mente sem sobrecarregá-los com preocupações desnecessárias. "Apenas... tive um pesadelo. Queria ouvir a tua voz", finalmente admiti, a vulnerabilidade pairando pesadamente no ar entre nós.

Houve uma pausa, um momento de entendimento que transcendia as palavras. "Estou aqui, oppa. Sempre", a S/n assegurou, a sua voz um bálsamo reconfortante para a tempestade que rugia dentro de mim.

Conversámos durante o que pareceram horas, o peso dos meus medos a diminuir gradualmente a cada risada partilhada e confissão sussurrada. A S/n tinha uma forma de me ancorar, de criar um sentimento de segurança que dissipava as sombras que ameaçavam consumir-me por completo.

À medida que a primeira luz da alvorada espreitava pelas cortinas, uma sensação de calma instalou-se em mim, os resquícios do pesadelo a dissiparem-se como nevoeiro ao sol da manhã. A presença inabalável da S/n afastara os medos assustadores que me atormentavam, oferecendo conforto num mundo repleto de incertezas.

Com um suspiro de alívio, desejei-lhes boa noite, a gratidão a inundar-me o peito pelo apoio inabalável deles. Ao voltar a acomodar-me na cama, uma sensação de paz invadiu-me, o peso dos meus medos momentaneamente aliviado pelo amor e pela segurança que a S/n generosamente me concedera.

A noite fora um campo de batalha, um confronto entre medos irracionais e a força inabalável do amor. Mas enquanto o sono me chamava novamente, agarrei-me à certeza de que, na vasta tapeçaria de incertezas, o amor da S/n seria sempre a âncora que afastaria os meus medos.

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