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Petar Musa

Assim que chegamos a casa, cheios de sacos, fomos pousar tudo perto da árvore de natal lá na sala de estar.
As minha sobrinhas já se encontravam por ali, Lucia, a mais velha, estava entretida com o seu telemóvel sentada no sofá ao lado da sua irmã mais nova, Nika, que assistia atentamente os desenhos animados agarrada à sua boneca.

Leonor num instante desapareceu da minha vista e suponho que tenha ido para a cozinha onde estaria a minha irmã, a minha mãe e o meu cunhado.
Depois de cumprimentar as minhas sobrinhas com um beijo na testa em casa uma dirigi-me à cozinha também.

Estavam todos atarefados, Leonor já se encontrava de mangas arregaçadas e a seguir as instruções da minha mãe para fazer alguns doces e salgados para esta noite.

— Olá família! — eu disse captando a atenção de todos. — Em que posso ajudar?

— Temos a Leonor, não precisamos de ti. — Deny decidiu atacar-me e passar o braço pelos ombros da minha namorada que riu da minha cara de indignado.

— Por muito que te custe a Deny tem razão, hoje temos umas mãozinhas a mais o que te dá algum descanso. — Disse a minha mãe sorrindo. — E tens de admitir são mãozinhas bem mais delicadas do que as tuas, com certeza fazem um melhor trabalho na cozinha.

— Isso já é para duvidar. — A minha morena decidiu intervir. — Ele cozinha muito bem!

— Ai é? Ele cozinha muito para ti? — perguntou Deny olhando nos meus olhos.

— Sim, quase nunca me deixa cozinhar quando estou em casa dele. — a portuguesa respondeu.

— Ora, ora, para nós ele nunca cozinha e sempre pensamos que ele não sabia cozinhar e se aprendeu não foi com a mãe. — Deny informou e a minha namorada riu.

— Chama-se Internet e ajudou-me muito enquanto vivia sozinho. — Eu respondi e logo a minha mãe olhou para mim com uma expressão interrogativa.

— Vivias? — perguntou. — Não vives mais sozinho?

— Sim, mas a Leonor passa mais tempo em minha casa do que propriamente na dela. — Eu sorri contente por isso.

— É um facto! — respondeu a morena com um sorriso tímido. — Ele está sempre a chamar-me para lá.

— Mais valia mudares logo para lá. — o meu cunhado falou pela primeira vez divertidamente.

— Não seria má ideia. — Eu disse esperançoso.

— Não te ponhas com ideias Petar, vai com calma. — a minha morena disse e eu apenas levantei as mãos.

— É, eu acho cedo para fazerem uma vida a dois ainda. —  Amanhã mãe disse. — Eu sei que vocês gostam muito um do outro, é notável, mas é tudo muito recente vocês têm todo o tempo do mundo.

— Claro mas para lhe dar um netinho nunca é cedo demais nao é mãezinha? — Deny disse e eu pude ver a cara de assustada da Leonor, o que me fez rir.

— Um bebé é sempre bem-vindo. — a minha mãe respondeu com um brilho nos olhos.

— É muita responsabilidade uma criança e a minha vida não está propriamente estável para já. — Leonor disse meio constrangida.

— As coisas acontecem quando tem de acontecer. — Eu disse apeoximando-me da minha namorada beijando o topo da sua cabeça assim que me posicionei atrás dela.

...

Tudo estava praticamente pronto, a mesa já estava posta e alguns petiscos em cima da mesma.
Eu encontrava-me agora sentado no sofá sentado ao lado do meu cunhado e observava a minha namorada que falava animadamente com a minha irmã.
Eu estava perdido por ela, era óbvio eu acho.

— Ela enfeitiçou-te mesmo. — Kristijan, meu cunhado, disse e assim que olhei para ele vi um pequeno sorriso e por minha vez eu sorri tímido baixando o olhar.

— Com certeza, nunca senti algo parecido por ninguém. — Eu respondi.

— E ela está totalmente rendida a ti filho! — ouvi a voz da minha mãe por trás de mim quando esta pousou as mãos nos meus ombros.

— É mais o contrário, eu é que estou rendido a ela. — sorri olhando para a minha morena que agora vinha na minha direção com o seu copo na mão e a minha irmã ao seu lado.

Puxei a morena para o meu colo e assim que se sentou nas minhas pernas bateu de leve no meu ombro.

— Estás parvo? Estamos na frente da tua família. — Ela sussurrou e a minha mãe riu.

— Não se incomodem connosco, vocês são namorados e não têm mal nenhum mostrarem o vosso carinho um pelo outro na nossa frente. — a minha mãe disse e a minha namorada corou.

O resto da noite foi bastante animada, as conversas fluiam e todos saboreavam os petiscos feitos esta tarde e alguns bolos, estava quase na hora do jantar e as miudas ja estavam inquietas, queriam a todo o custo abrir os presentes antes do tempo e a realidade é que por habito a abertura dos presentes cá em casa era á meia noite mas Nika, minha sobrinha mais nova, não aguentaria esperar tanto tempo pois está habituada a se deitar bem cedo.

— Vamos jantar pessoal? - perguntou a minha mae e logo Leonor se levantou do meu colo e entrelaçou os seus dedos nos meus e puxou-me para a acompanhar até à mesa de jantar onde todos nos sentamos e a minha mãe já tinha pousado todas as travessas com o nosso jantar.

...

Depois do jantar voltamos todos para a sala depois de todos ajudar-mos a arrumar a loiça suja e pôr dentro da máquina.

Leonor brincava com Nika no chão da sala, estavam animadas e por enquanto Nika estava a aguentar o passar do tempo para a abertura dos presentes mas já era notável o cansaço da mais nova. Já coçava os olhinho de cinco em cinco minutos e abria a boca várias vezes.

— Petar! — Leonor sussurrou para mim é eu logo lhe dei toda a minha atenção.

— Diz bebo! — apeoximei-me mais delas duas aninhando-me ao seu lado.

— Achas que não podemos abrir excepção e abrir os presentes mais cedo? — perguntou pegando na pequena para o seu colo e a loirinha encostou a cabeça no seu ombro. — Já são onze da noite e a Nika está a cair de sono.

— Eu acho que devíamos mesmo abrir já, já estava a reparar no cansaço da pequena. — passei a minha mão pelos cabelos de Nika esta que estava prestes a fechar os olhos. — Vamos falar com o resto.

Até Te Encontrar || Petar MusaOnde histórias criam vida. Descubra agora