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Petar Musa

Depois de partilharmos algumas carícias lá na cozinha voltamos para a sala que estava vazia, não havia qualquer sinal da mãe de Leonor então a morena foi até ao quarto confirmar se ela não estava lá e assim que voltou apenas acenou negativamente com a cabeça.

Não tardou a que o som do seu telemóvel se fizesse ouvir e logo ela o tirou bolso de trás das suas calças de ganga brancas e atendeu.

- Onde foste mãe? - a morena perguntou. - Pensei que fosses tomar o pequeno almoço connosco. - ela suspirou. - Tudo bem, vemo-nos logo!

Bloqueou o telemóvel e voltou a pô-lo no bolso de trás das calças.

- Ela foi para casa, queria nos deixar a sós e também tinha de dar algumas explicações ao meu pais visto que passou a noite fora de casa sem avisar e sem atender as chamadas dele e do meu irmão. - a morena disse e eu apenas assenti aproximando-me dela.

- Vais jantar com a tua família logo então? - perguntei e ela assentiu.

- Vens comigo certo? - perguntou e fiquei sem saber o que responder.

Não recebi nenhum convite da parte da família dela, não queria ser um intruso, as coisas com a mãe dela estavam mais calmas sim mas não estavam perfeitas.

- Eu acho melhor estares com a tua família, já passámos o natal juntos na Croácia. - Eu disse. - Deves compensá-los por não ter estado no dia de natal.

- Isso não faz sentido! - ele bufou. - Vais passar a passagem de ano sozinho? Está fora de questão!

- Claro que não! - eu sorri tentando despreocupá-la. - Tem o Casper, o Fredrik, o Jurásek... Não estarei sozinho.

- Mas eu não queria passar a passagem de ano sem ti. - ela fez um biquinho muito fofo e eu aproximei-me dela abraçando a sua cintura. - Agora as coisas com a minha mãe já estão melhores, não vai haver problemas.

- Vamos com calma tá? A tua mãe já deu um grande passo, não vamos ser tão apressados. - tirei a minha mão da sua cintura e acariciei o seu rosto.

- Não queres estar comigo? É isso? - perguntou quase num sussurro.

- Babe, claro que não é isso! Eu não sei como é que te passam essas coisas pela cabeça mas são absurdas. - suspirei pesado. - Se fosse só por mim já estavas a morar nesta casa e a passar a maior parte do teu tempo comigo.

- Eu quase que moro aqui. - ela disse soltando uma pequena risada e eu fiz o mesmo.

- Só não vens mesmo porque não queres. - Eu disse e ela fez uma expressão pensativa e divertida ao mesmo tempo.

- Não é uma má ideia mas há alguém que não iria gostar dessa ideia. - ela disse fazendo lembra de João. Ele não iria gostar de ter a prima fora da sua casa depois de tão pouco tempo a morar lá.

- Temos de arranjar uma namorada para o teu primo. - bufei e ela riu.

- Ele vive para o futebol, ele vive para o Benfica. Não seria fácil. - Ela disse e eu tive de concordar.

...

Leonor Neves

Depois de finalmente tomar o pequeno almoço juntamente com Petar, fomos os dois para a sala de estar e ficámos no sofá a ver um filme até á hora de começar a fazer o almoço.

- Trouxeste as tuas coisas para te preparares aqui? - perguntou Musa enquanto picada cebola.

- Trouxe sim! Já falaste com o Caspar e assim? - Perguntei.

Até Te Encontrar || Petar MusaOnde histórias criam vida. Descubra agora