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Leonor Neves

Mais um dia de trabalho e hoje é mais um daqueles típicos dias que eu não queria sair de casa nem por nada.
Está frio, está a chover e não queria deixar o Petar sozinho lá em casa pois ele dormir lá a noite passada.
Não pensem coisas a mais a minha pequena casa tem dois quartos e cada um dormiu num quarto.

Assim que me sentei na minha mesa logo ouvi um estrondo contra a mesma e olhei para cima bufando.

— Ainda bem que chegaste. — Sónia disse sorrindo cínica. — Tens o dobro do trabalho de ontem, mas não te preocupes o que não acabares aqui podes levar para casa e entregar amanhã.

— Sónia, isto não é justo! Este não é o meu trabalho! — eu aumentei um pouco o meu tom de voz. — Eu tenho de trabalhar todo o dia aqui e ainda levar trabalho para casa só para tu poderes estar sentada na tua secretária a pintar as unhas e a falar ao telemóvel ou então sentada no colo do nosso patrão.

— Vê lá como falas comigo miúda! — ela apontou o dedo para mim e falou entre os dentes. — o que eu faço ou deixo de fazer não tem nada a ver contigo, fazes apenas o que eu te mando e calas a boca!

— Desculpa? — eu disse indignada. — Eu não vim para aqui para ser escrava de ninguém muito menos de uma secretaria que pensa que é dona disto tudo mas não fundo é só o passa tempo do patrão.

— Podes dizer o que tu quiseres, nunca vão acreditar em ti. — ela deu de ombros. — Não passar de uma assitentezinha que precisa deste trabalho para sobreviver e nem tem experiência em mais lado nenhum, por isso cala-te bem caladinha porque aqui a amante do patrão pode arranjar maneira de te ires embora com justa causa.

— Deve sem muito bom ser a amante não é? — eu sorri cínica. — Como é? Como é saber que nunca vais ser a primeira opção? Como é saber que ele nunca te vais pôr um anel no dedo? Como é saber que ele só te procura para se satisfazer? Diz-me, é bom?

— Tu não sabes do que falas! — ela perdeu o sei sorrisinho provocador. — Trabalha e cala a boca!

Ela virou costas e saiu do meu campo de vista em segundos.
Eu sorri sozinha e peguei em alguns dos papéis que ele tinha trazido.
Talvez eu não devesse ter explodido desta forma mas soube bastante vem despejar a verdade na cara dela. Pode perfeitamente tudo isto virar-se contra mim e eu ir parar a rua, desempregada.

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Leonor

Bom dia!
Espero que tenhas dormido bem e que tenhas visto o que te deixei como pequeno almoço na cozinha.

Musa

Bom dia!
Dormi muito bem!
Habituava-me facilmente a ter pequenos almoços assim todos os dias kk

Leonor

Foi só desta vez
Não te habitues
Não te quero a bater à minha porta todos os dias
Vou à falência kkk

Musa

Que desmancha prazeres
Já estava a fazer planos para te bater à porta todos os dias
Mas vá, pago o almoço hoje
A que horas podes almoçar?

Leonor

Estou cheia de trabalho hoje Petar
Nem vou sair para almoçar

Musa

Não vais ficar sem comer
És doida?

Leonor

Até Te Encontrar || Petar MusaOnde histórias criam vida. Descubra agora