Este livro é dedicado a vocês, que ousam sonhar com um amor sem fronteiras. Que ousam descobrir o lado mais obscuro do amor e da paixão. Que ousam amar com toda a sua intensidade, mesmo que isso implique se arriscar pelo caminho.
Isadora Ravenwood é...
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A mulher tremia de medo, Ethan ficou paralisado e o outro homem? Bom, ele tentou correr mas eu lancei a faca na sua cabeça, o alvo perfeito.
– Vamos brincar um pouco – Sorrio.
– Você é louco – Ethan dizia.
– Você devia saber disso – Digo, puxando a faca do crânio do homem – A partir de agora, ninguém num raio de cem metros pode se mexer... Até eu dizer "livre", eu vou matar qualquer um que desobedecer, claro.
– Por favor, moço – A mulher chorava – Eu tenho um filho.
Eu assustei a mulher quando eu ri alto.
– Ainda não – Faço um gesto com a mão – Calma, ainda não... – Aproximo as minhas mãos – Livre! – Bato palmas.
A mulher ia passando por mim correndo, mas eu puxo o cabelo dela e a trago de volta.
– Eu sou um péssimo mentiroso – Digo, perto do rosto dela.
– Você disse que...
– Minha mãe disse para eu ser gentil com as mulheres – Suspiro – Mas você é uma exceção.
Ethan ficou parado e não se mexeu, provavelmente estava com muito medo para fugir. Um verdadeiro covarde. Pego um copo de vidro e quebro no chão, pego os cacos e aperto o rosto da mulher até ela abrir a boca.
– Por favor, meu filho está me esperando em casa – Ela implorava.
– Você vai comer vidro – Levo um pedaço até o rosto dela e faço um corte – Mastigue, engula, faça tudo devagar.
– Não!
-- Só estou te alimentando querida
Empurro o pedaço de vidro na boca dela e forço sua mandíbula a mastigar, sua boca sangrava e a mulher se debatia em agonia.
-- Mais um pouquinho -- Colocava mais um pedaço -- Outro -- Mais um -- Olha, aínda tem esse aqui -- Empurro mais um pedaço de vidro
Sua face era diversão ao meus olhos, seu tormento era música aos meus ouvidos, a mais bela música já criada em toda a humanidade.
-- Vou acabar com seu sofrimento -- Com o caco de vidro em mãos corto a garganta dela bem devagar -- Eu adoro o cheiro de doce, rude e espesso do homicídio em lugar fechado, é a única maneira que tenho para me lembrar de que ainda estou vivo
– Assassino – Ethan me interrompe com sua voz cheia de ódio – Você merece morrer, pessoas como você são um câncer para o mundo, você é insano
– Assassino? Todos nós somos assassinos, o mundo é assim – Me ponho de pé – Você se torna um assassino quando se destrói por dentro
Ethan saca uma pistola da cintura e mira em mim.
– Você poderia ter me eliminado assim que eu entrei aqui, mas não fez – Seus lábios se apertam em uma expressão de desprezo – Você é covarde demais, é um fraco
– Sabe qual é o seu problema Arshe? – Ethan engatilha a arma – Seu problema é que ninguém te detesta mais do que você mesmo. Eu sei que você se encara no espelho e não suporta o que vê
– Terapia a essa hora?
Ethan atira o projétil eu fecho os olhos já esperando meu fim, mas algo aconteceu, não sentia dor alguma, abro meus olhos lentamente e mais uma vez como se fosse um flashback, o Pietro está tombando no chão com uma bala cravada no peito.
– Por que fez isso? – Me ajoelho no chão e coloco sua cabeça em meu colo – Eu te mandei ficar lá fora, não foi?
– Agi por instinto – Ele cospe sangue
– Garoto, você tinha um futuro pela frente, uma família perfeita, eu te implorei para não vir até aqui – Pietro acaricia meu rosto
– Desculpa, não queria que você morresse, acredito que você ainda possa mudar e ser feliz
– Eu nunca vou mudar, garoto – Aperto suas mãos – Você se jogou na minha frente em vão
– Não diga isso – Ele sorri com os olhos – Sabe a caixa que achei debaixo da cama?
– Eu pedi para você queimar
– Eu não queimei, guardei debaixo da sua cama. Eu sei que dentro desse homem frio, ainda existe uma criança em sofrimento
– Não diga essas coisas
– Obrigado por cuidar tão bem de mim, senhor
Seus olhos se fecham e seu peito para de se mexer.
– Não, acorda – Sacudo o corpo dele – De novo não, foi assim que o Bento morreu – Me desespero – Por que vocês têm essa mania infeliz de salvar minha vida? Acorda Pietro
– A culpa é toda sua, Lucian. Você destrói tudo que toca – Ouço a voz do Ethan mas não me importava com ele naquele momento – Você mata pessoas, essa criança tinha uma vida inteira pela frente e você a interrompeu
– Acorda Pietro, acorda – Choro – Fala comigo, você tem que voltar para casa
Grito sentindo meu peito doer, grito sentindo todo o ar do meu pulmão. A dor me dilacerava, era minha culpa, era tudo culpa minha. Eu não podia permitir que pessoas entrassem em minha vida, todos se machucam, tudo se destrói.
– Você tem três segundos... Corra se for capaz, e não se esqueça de chorar e gritar pela sua vida – Encaro Ethan
– Não vai me matar?
– Se eu te matar agora seria simples demais, eu quero te torturar Ethan, quero te ver implorar pela vida enquanto te corto, dessa vez eu te dou dez segundos para fugir. Da próxima vez que você cruzar o meu caminho é melhor que tenha se despedido da sua família.
Ethan foge e eu continuo ajoelhado ao lado do corpo de Pietro, fazia tanto tempo que eu não chorava, essa coisa doía.
– Eu vou te tirar daqui – Coloco sua cabeça no chão
Olho para a Isa que tinha o rosto todo ferido, ela ainda dormia, com tanto barulho ela provavelmente estava drogada.
– Mas que merda – Praguejo dando um soco no chão – Não tem como eu levar os dois
Uma guerra foi travada dentro de mim, o corpo sem vida de alguém que se sacrificou por mim e um corpo que ainda tinha pulsação e que estranhamente me fazia se sentir bem. Não tenho como carregar os dois.
– Me perdoa, vou ter que te deixar aqui – Olho o rosto pálido do Pietro – Obrigado por ser meu amigo em tão pouco tempo – Beijo sua testa – Pessoas como você merece o céu, infelizmente a gente não vai se ver em outra vida. Meu destino é arder nas chamas do inferno e tá tudo bem, eu mereço. Essa é minha sentença final.
Ou você morre herói, ou vive o bastante para ver você mesmo virar o vilão.
