CAPÍTULO 37| Era a minha irmã

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Eu estava acordado na madrugada, incapaz de encontrar o sono

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Eu estava acordado na madrugada, incapaz de encontrar o sono. Eu caminhava silenciosamente pela casa, perdido em meus pensamentos. Ao passar pela cozinha, uma luz fraca chamou minha atenção. Eu me aproximei cautelosamente e vi Isadora sentada à mesa, com uma tigela de brigadeiro na mão, ela lambuzava um tomate com o brigadeiro e comia com prazer.

 -- Só mais uma colherada... -- Sussurrando para si mesma com um tom de culpa

Eu sorri ao ver Isadora desfrutando do doce prazer do brigadeiro e do tomate. Uma ideia travessa surgiu em minha mente. Eu decidi dar um susto nela, aproveitando a oportunidade para trazer um pouco de diversão para a madrugada.

Eu me escondi atrás de uma parede próxima, esperando o momento certo. Quando Isadora estava prestes a levar outra colherada de brigadeiro à boca, eu saltei para a frente, gritando.

-- Boo!

Isadora soltou um grito agudo, deixando cair a colher e a tigela de brigadeiro no chão. O doce se espalhou pelo chão, criando uma bagunça pegajosa.

-- Lucian! O que diabos você está fazendo? -- Perguntou ofegante com uma expressão de susto

Eu ri, divertido com a reação dela.

--  Desculpe, amor. Eu só queria te dar um susto. Parecia divertido. 

Isadora olhou para mim, com uma mistura de raiva e surpresa em seu rosto.

-- Divertido? Você me assustou, você vai me ajudar a limpar toda essa bagunça -- Diz irritada com um tom de reprovação

Eu assenti. Eu peguei um pano e comecei a ajudar a limpar o brigadeiro espalhado pelo chão.

Enquanto trabalhávamos juntos, uma risada escapou de Isadora.

-- Sabe, você realmente me pegou de surpresa. Eu não esperava por isso.

Isadora pegou um pouco de brigadeiro que ainda estava na tigela e o jogou de leve no meu rosto.

--  Acho que você merece um pouco de brigadeiro no rosto também! -- Brinca com um tom de provocaçao

Eu fiquei surpreso por um momento, mas logo entrei na brincadeira. Eu peguei um pouco de brigadeiro do chão e joguei de volta em Isadora.

-- Ah, é assim que quer jogar? Então toma! -- Desafio

Nós começamos uma guerra de brigadeiro improvisada, rindo e nos divertindo enquanto a bagunça aumentava. O chão, as paredes e até mesmo nós estávamos cobertos de brigadeiro.

--  Olha só o que você fez, Lucian! Agora estamos sujos! -- olha para a bagunça com um tom de descrença

-- Mas foi você quem começou, Isadora! Eu só estava me defendendo! -- Me defendo em um tom de inocência

Nós caímos na gargalhada, incapazes de resistir à cena hilária que havíamos criado. Nós nos abraçamos, ainda rindo, aproveitando o momento de descontração.

– Tomate com brigadeiro? – Eu questiono incrédulo

– Que foi? – Ela arqueia a sobrancelha – Deu vontade – Ela diz simplesmente

No dia seguinte Isa acordou com um espírito de limpeza, ela cantarolava com a vassoura na mão. Seu cabelo estava com um coque desarrumado, a blusa dela estava curta por conta do nó que ela fez. Seu short minúsculo mostrava a polpa da sua bunda, o que me fez babar, Incrivelmente gostosa.

– Vou limpar o quarto – Seu rosto estava suado e vermelho – Você vem? – Ela me convida

– Boa sorte! – Eu digo voltando a atenção pra muda de jasmim – Eu fico aqui – Eu recuso

Fico alguns minutos ali admirando a flor, eu acho que pela primeira vez na vida eu estava começando a entender o que é ser feliz. Vê o sorriso de Isadora todos os dias alimentava minha alma perturbada. Saio dos meus pensamentos quando ela aparece perto de mim segurando a caixa que o Pietro tinha achado.

– Isso estava debaixo da sua cama – Ela diz curiosa – É para jogar fora? – Ela pergunta

– Pode colocar no mesmo lugar – Eu falo indo até ela – São só umas coisas minha – Eu explico

Ela concorda com a cabeça e se retira, termino as minhas tarefas e subo para meu quarto. Isadora estava sentada na cama com uma foto em mãos, a caixa estava ao seu lado e seus olhos estampava algo que eu reconheceria mesmo de longe, Dor. – Ela me olha com tristeza

– De onde você conhece o Bento? – Ela pergunta chocada – Ele era o meu namorado e ele morreu em um acidente – Ela se levanta nervosa

– Ele era o meu melhor amigo – Respondo confuso – Por que? Como sabe o nome dele?

– Ele estava acompanhado de um amigo, minha cabeça já sabe quem é esse amigo, mas meu coração não quer aceitar – Ela diz angustiada

– Não tô entendendo Isa – Eu digo sem entender – O que está acontecendo?

– Por acaso a namorada do seu amigo era uma loira? Ela se chamava Alicia? – Ela pergunta furiosa

– Como... Como você sabe o nome dela? – Eu pergunto assustado

– Lucian Arshe, a garota que você matou – Ela suspira tristemente – Era a minha irmã, seu amigo era o "meu" namorado, o carro que bateu nele foi o meu carro e o amigo que o acompanhava era você – Ela revela a verdade

A culpa invadiu meu peito, não tenho como voltar atrás do que fiz, já estava feito e não teria volta. – Eu sinto um nó na garganta


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