Este livro é dedicado a vocês, que ousam sonhar com um amor sem fronteiras. Que ousam descobrir o lado mais obscuro do amor e da paixão. Que ousam amar com toda a sua intensidade, mesmo que isso implique se arriscar pelo caminho.
Isadora Ravenwood é...
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Vou até o quadro com a foto da minha família em mãos, hoje o trabalho era sobre a família. Eu me sentia um pouco desconfortável em falar sobre a minha abertamente para sala.
-- Olá, meu nome é Lucian Arshe e hoje vou falar sobre a minha família. -- Em seguida, eu exibo uma foto da minha família -- Esta é a minha família. Somos em três, minha mãe é dona de casa e meu pai engenheiro -- Minto -- Eles são legais, meu pai toda noite joga futebol comigo, a gente assiste jogo no sofá da sala enquanto minha mãe prepara um lanche para gente. Eu acho que é isso -- Fico aliviado por terminar a apresentação
Na hora do recreio me sento com Bento, como sempre dividimos nossos lanches. Mas hoje o Bento estava estranho.
-- Por que está com essa cara? -- Indago
-- Eu conheci uma menina -- Ele diz com o sorriso bobo
-- Como ela se chama? -- Pergunto comendo meu lanche
-- Não sei, eu observo ela da minha janela -- Ele diz sorrindo e olhando pro nada
-- Eu acho que é melhor eu ser atropelado por um carro -- Minhas lágrimas invadiram meus olhos
-- Não diga isso, eu não aguentaria viver sem meu melhor amigo -- Bento dizia enquanto balançava os pés
-- Não quero voltar para casa, tudo dói quando estou lá -- Abaixo a cabeça
-- Não diga isso, você falou tão bem da sua família que até eu queria ter os pais como os seus -- Ele sorrir com inocência
-- Não queira, seu coração doeria muito -- Forço um sorriso -- O meu já está doendo muito
Volto para casa apressadamente, meu coração acelerado no peito, o medo de tudo acontecer outra vez, o medo de ouvir vozes e ter que colocar uma música para ocultar o inferno ao meu redor. Passo pela porta quando vejo o vislumbre do meu pai com as calças aberta e minha mãe chorando, vejo ele fazer um certo movimento e grunhi. Me aproximo cautelosamente mas esbarro em algumas latinha de cerveja espalhada pelo chão. A casa fedia a álcool e a cigarro, não era um cigarro qualquer, aquele cheiro era mais forte. Meu pai percebe minha presença e vira o rosto um pouco para o lado e me encara, ainda fazendo os mesmo movimentos.
-- Papai -- O chamo -- Por que está fazendo isso? É algum tipo de brincadeira?
Minha mãe me ouviu e ficou desesperada ao ver o que estava vendo. Ela chorou alto e pediu que ele parasse. Mas o porco do meu pai não parou e o pior foi que eu fiquei ali observando tudo e presenciei essa cena nojenta.
-- Me solta -- Mamãe chuta uma das pernas do meu pai e ele a larga ajeitando a calça -- Sobe para seu quarto -- Ela ordena
-- Você é um empata foda do caralho -- Papai bate em meu rosto
Sua mão era pesada, meu rosto ardeu. Tudo doía e eu não sabia o por que ele tinha feito aquilo.
-- Não bate nele -- Minha mãe gritava -- Bata em mim, faça o que quiser comigo mas deixa o Lucian em paz -- Ela chorava de soluçar
-- Esse pivete me dá nojo -- Papai dizia fungando o nariz e acendendo o cigarro
-- Vai para seu quarto -- Mamãe ordenou mais uma vez -- Vai agora
-- Mas mamãe, queria te mostrar o que aprendi hoje na escola -- Tento abrir a mochila mas ela me para
-- Vai agora
-- Mas... -- Tento mas foi em vão
-- Agora, quando eu falar para você fazer uma coisa você faz -- Ela puxou a minha orelha e me levou até a escada
Corri escada acima chorando e então a gritaria começou.
Eu ouvi mais gritos Do que palavras de amor
Quanto mais você vive, mais você entende que a realidade é feita de dor, sofrimento e vazio.