CAPÍTULO 41| Você é fraco

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O que você faz quando sente que está apenas vivendo que nem um zumbi? Entra dias e sai dias e nada muda, minha cabeça ainda me perturbava, meus sonhos ainda eram mais reais do que aquele dia

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O que você faz quando sente que está apenas vivendo que nem um zumbi? Entra dias e sai dias e nada muda, minha cabeça ainda me perturbava, meus sonhos ainda eram mais reais do que aquele dia. Eu sentia saudades de Lucian, saudades do seu conforto e do seu carinho, ele fazia parte de mim, sem ele foi como se eu tivesse perdido parte do meu corpo. Eu precisava me esconder, precisava mudar. No primeiro ano eu me isolei em uma casa afastada da cidade, me escondia dentro do quarto e ficava no escuro, eu mal conseguia olhar para o meu corpo no espelho, tomar banho era uma tortura, nem minhas próprias mãos eu suportava quando tocava em mim. Eu estava literalmente me trancando no banheiro e me fazendo sangrar. Meu braço agora tinha várias cicatrizes espalhadas por minhas tentativas falhas de suicídio, talvez eu devesse me jogar na frente de um carro, como um dia Lucian falou.

No segundo ano eu conheci a maconha me dava uma sensação de paz, mas o efeito passava tão rápido que me frustava, fui mais fundo e conheci a cocaína e daí foi só ladeira abaixo. Uma droga atrás da outra, tudo isso para esquecer aquele maldito dia. Não me relacionava mais com nenhum homem, eu ficava com algumas mulheres, elas eram mais calmas, mais carinhosas, meu corpo se arrepiava de medo quando qualquer homem encostava em mim. No terceiro ano voltei a viver, frequentava lugares indecentes, curtia sem esperar o amanhã, torcia para criar confusão com alguém e tomar um tiro na cara, mas eu nunca dava sorte.

-- Aí, você vem comigo -- O mesmo homem de mais cedo aparece ao lado de dois brutamontes

-- Cara, eu vou ter que te bater de novo? -- Pergunto irritada -- Não ver que estou ocupada?

-- Prefere por bem ou por mal? -- Ele pergunta

-- Vai se foder

Digo isso e saio da frente dele, furiosa e assustada. Tento ir até a saída principal, mas os seguranças bloqueiam o meu caminho, me olhando com desprezo. Volto empurrando as pessoas que me cercam, procurando uma outra saída. Corro até os fundos, mas lá também encontro mais seguranças, armados e alertas. Eles me reconhecem e avançam em minha direção. Estava cercada, sem chance de escapar.

– Você vem com a gente, boneca

E tudo fica escuro.

...

Acordo amarrada em uma cama, me desespero ao ver a figura de um homem de cabelo platinado, com roupas formais, sentado em uma poltrona no canto do quarto. Ele me olhava com um olhar predatório, como se quisesse me devorar.

– Me solta – Grito – Me solta seu desgraçado

– Não grita, bonequinha – Sua voz soava familiar, mas também fria e cruel – Eu odeio gritos

– Lucian? – Aquele homem sentado em minha frente, totalmente diferente do que eu conhecia, era ele? Onde estava o seu sorriso gentil, os seus olhos brilhantes, o seu cabelo preto bagunçado?

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