CAP. 3 - Os fracos não possuem direitos e nem escolhas

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instagram: lizzie_heather19

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25 de Fevereiro de 2012.

Honestamente, é mais do que ridículo.

Eu notei imediatamente quando o carro de Savage estacionou a metros de onde estou no estacionamento a frente da loja de conveniência a qual nos encontramos pela primeira vez, quando ela esbarrou em mim e sua lata de soda foi parar direto no chão. Ela parou o carro e mesmo estando a uma distância considerável, de costas para ela, eu permaneci a encarando sob o ombro. Por um momento me perguntei quem era o loiro no banco passageiro do carro dela, eles pareciam íntimos. Conversaram rapidamente desde que chegaram e ela se virou no banco para ficar de frente para ele. Notei como ele tocou o rosto dela, parecia acariciá-la com um carinho que passava longe de ser amigável. Eles são íntimos, isso é uma certeza.

Principalmente considerando que em segundos, quando o homem foi afastar sua mão de Savage, ela a pegou e colocou na parte inferior de seu corpo. Eu não conseguia ver o que ela estava fazendo com a mão dele, mas não demorou três minutos que seja, para que eu finalmente compreendesse a situação. Esse cara estava masturbando Savage.

Tudo bem, ela é uma garota nova, praticamente acabou de chegar na vida adulta, então esse fogo incessante, em partes, é puro hormônio. Ela também é selvagem por si só, não só decorrente ao seu nome. Ela pode tentar esconder de qualquer um que seja, mas desde a primeira vez em que coloquei meus olhos nela, numa foto, quando ela tinha apenas treze anos, eu consegui ver através dela. Esses olhinhos castanhos escuros não conseguem esconder a realidade perversa de mim, a realidade que ela almeja viver em segredo, ao que claramente seria um choque para todos os seus conhecidos descobrirem que ela é tremendamente mais intensa do que imaginam e conhecem.

Ela é indiscreta quando tem certeza de que ninguém está olhando. Assim como agora, quando o homem loiro a sua frente começou a masturbá-la "discretamente". Eles se beijaram e então se afastaram. Savage abaixou o rosto e seus olhos ficaram pequenos, ao que o homem beija seu rosto e aparentemente sua orelha. De longe consigo ver o quanto ela quer isso, claramente é uma mulher que não se contenta com pouco. Aposto que um toque obrigatoriamente discreto como esse, não vai ser o suficiente. Tenho certeza absoluta que ela vai se masturbar por pelo menos mais umas quatro vezes quando chegar em casa, insatisfeita com essa ceninha de filme erótico barato no estacionamento público. Ergo o canto esquerdo dos lábios em uma descrença que não é realmente uma surpresa, apenas sinto um pouco de nojo. Não de Savage, é claro.

"Uau, ela está se divertindo e muito." Eve comenta e eu desvio o rosto ao parar de encarar a cena ridícula no carro de Savage a alguns metros. Coloco os olhos em minha amiga, que encara a cena ao longe com um sorriso divertido nos lábios. Eu passeio a língua pelo interior da bochecha e suspiro, remexendo os ombros enquanto repouso ambas as mãos nos bolsos do sobretudo.

"Deplorável", eu comento ao estalar os lábios, bufando pelo nariz. Não me sinto irritado por Savage estar sendo masturbada a alguns metros por um cara que eu não faço ideia de quem seja, apenas não consigo acreditar exatamente que estou presenciando isso tão perto. Savage é intensa pra caralho, com certeza não perderia tempo em abrir todas as janelas no carro e gemer alto enquanto está por cima do homem, sentando com tanta força que o cara mal pode se conter de tanto tesão. Então, porque simplesmente se deixar ser tocada assim se não vai satisfazê-la? Ela vai ficar apenas frustrada, olhando bem.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora