CAP. 22 - O valor de uma família

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Insta: lizzie_heather19

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18 de Agosto de 2012.

Acho que o clima de Miami nunca esteve tão agradável, para ser honesta. O sol continua brilhando lá no céu, assim como habitualmente, mas está até mais fresco que o normal. O vendaval sutil que corre pelas ruas está balançando todas as folhas das árvores próximas, causando uma pequena sinfonia da natureza. É incrível. Eu nunca vi o céu num azul tão bonito quanto o de hoje também. Mas, talvez, eu deva olhar que, em partes, a ideia de ver o dia mais bonito, mais colorido, também vem do humor e da companhia. E eu nunca estive numa companhia tão boa quanto agora. Tomo um longo suspiro e já não sinto mais dor nas costelas por isso, acho que me recuperei muito bem. Abaixo os olhos lentamente e ergo o rosto para a minha direita. Eddie ainda está com o braço esticado no alto, brincando com seu aviãozinho de papel enquanto está com os lábios entreabertos, mas mesmo assim, não faz ruído algum. Acho que ele me viu imersa demais em meus próprios pensamentos e pensou que ser silencioso era o melhor. Céus, como eu amo cada segundo disso aqui. Da ideia de estar perto dele.

"Hey", eu o chamo e mesmo com meu tom de voz soando baixinho, Eddie coloca os olhos em meu rosto na mesma hora. Eu abro um sorriso curto, indicando com um gesto rápido, o avião de papel em sua mão: "Esse é o mesmo aviãozinho da última vez em que estive aqui? Ele tem a mesma cor que o último, pelo o que me lembro."

"É claro!" ele responde na mesma hora, abaixando o braço e segurando o brinquedo simples mas que tanto parece gostar, nas duas mãos. Assim ele arqueia as sobrancelhas e abre um sorriso grandioso ao me explicar: "Foi o aviãozinho que você fez pra mim. É claro que eu não jogaria ele fora. Eu vou guardá-lo para sempre!".

"Eu posso te fazer um novo quando você quiser, Eddie. É só um avião de papel." eu esclareço com um riso soprado de divertimento, ao que sua doçura e carinho indiscreto me agradam a nível de que meu coração se aqueça e fique febril. Eu arqueio as sobrancelhas em obviedade assim como ele e permaneço sorrindo. Eddie me encara de volta e franze os lábios quando tenta sorrir curtinho, praticamente enquanto me analisa e tenta decifrar algo que desconheço, em mim mesma.

"Mas esse aqui é especial..." ele diz baixinho, tomando um longo suspiro enquanto quebra nosso contato visual para praticamente acariciar o avião de papel em sua mão. Ele umedece os lábios e me explica baixinho: "Você fez ele pra mim e você foi a primeira pessoa que veio até aqui... e me disse que logo, logo me levaria para casa. Você fez uma promessa para mim, então... eu estou esperando, assim como você me pediu. Como você não veio mais, achei que guardar isso... poderia manter minha força na ideia de acreditar que você irá cumprir nossa promeça, tia Savage."

"Eu lamento que não tenha vindo mais, Eddie." é como consigo me pronunciar inicialmente, então estico o braço direito em sua direção e acaricio seus cabelos, fazendo com que o garotinho erga os olhos e encontre os meus. Assim continuo com toda casualidade que consigo: "As coisas tem andado muito complicadas ultimamente e eu não quero que você se chateie se ver algo do tipo. São... coisas de adulto. Mas eu vou cumprir nossa promessa, sim. Com isso você não tem que se preocupar. Guarde o aviãozinho de papel, quando eu vier te buscar, eu quero ver você com ele. Tudo bem?".

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora