CAP. 14 - É parte do charme dele, ele é imprevisível

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insta: lizzie_heather19

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22 de Maio de 2012.

Eu preciso ir até lá ou sei que vou me arrepender pelo resto da minha vida. Preciso vê-lo. Preciso saber se ele está bem, se ao menos ainda vive ali. Ergo a mão direita e puxo a gola alta de minha blusa de mangas longas azul clara. Me sinto ligeiramente sufocada e um tanto nervosa agora. Me pergunto como ele vai reagir quando me ver. Claro que não vai me reconhecer, era só um bebê quando me viu pela primeira vez. Mas e se notar alguma semelhança entre nós dois? Bom, isso se formos realmente parecidos. Talvez ele tenha mais traços do outro desgraçado que faz parte dessa história conturbada. Bufo, ligeiramente sem fôlego e com um suor frio ensopando minha blusa no final de minhas costas. Eu não deveria estar tão nervosa, absolutamente nada vai acontecer. O carro dos seguranças de Leon Kennedy está logo atrás de mim, estacionado. Eles estão de olho e ninguém vai aparecer para fazer merda alguma. Por isso, devo me tranquilizar. Preciso me tranquilizar. Não posso assustá-lo também. E tudo que menos quero no mundo, é parecer uma estranha ou uma mulher amedrontadora para ele.

Dou uma sacudida suave na cabeça e retiro o cinto de segurança de meu entorno, assim desço rapidamente do carro. Aceno com a mão direita para os seguranças no carro atrás da minha caminhonete, então indico o orfanato Shadow Creek do outro lado da rua. O que está na direção do grande veículo acena de volta para mim por sua janela aberta, concordando. Passo ambas as mãos pelas roupas e começo a caminhar. Assim atravesso a rua e adentro o lugar com toda coragem que me invade agora. Tenho que aproveitar essa oportunidade. Não sei quando vou poder vê-lo de novo com tanta coisa acontecendo como ultimamente. Quando estou no interior do lugar, dou uma breve olhada em tudo à minha volta. Parece tudo muito bem organizado e é até mais amplo do que se pode imaginar quando se dá uma olhada pelo lado de fora. Suspiro longamente e meus olhos alcançam uma recepção no lugar a pouca distância de onde estou parada na entrada, logo caminho até lá. Assim que coloco ambas as mãos sob o balcão amadeirado, a mulher de mais idade e óculos redondos coloca seus olhos em mim.

"Caramba! Savage Lancaster, é um prazer tê-la aqui!", repentinamente, a mulher gentil fala comigo primeiro. Eu dou uma recuada, mas não por ela me reconhecer como uma Lancaster e sim por me tratar como um ser humano que merece respeito e gentileza mesmo sabendo que faço parte dessa família odiosa.

"É um prazer, senhora..." eu indago com um sorriso curtinho, dando uma olhada rápida na placa de metal sob o balcão que diz o nome da mesma, assim continuo a falar: "Mave. É um prazer, senhora, Mave. E pode me chamar apenas de Savage, raramente as pessoas me chamam pelo sobrenome." ela assente, concordando com um sorriso largo que ilumina todo o lugar. Imediatamente simpatizo com a mulher. Ela me parece um amor. A definição de quem eu gostaria que estivesse neste orfanato para cuidar das criancinhas.

"Então, o que a trás aqui, Savage? Não me leve a mal, mas você é muito novinha para querer adotar uma criança, não?" Mave diz com humor, tocando o próprio rosto com a mão direita. Solto um riso soprado e umedeço os lábios com um longo suspiro nervoso. É melhor ir direto ao ponto, não estou realmente cheia de tempo agora. Tenho que ir para o galpão, para o meu primeiro dia de trabalho oficial por lá.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora