CAP. 34 - Prisioneiro das consequências

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16 de Setembro de 2012

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16 de Setembro de 2012.

Meus olhos continuam baixos e por mais que eu tenha bufado apenas discretamente agora, eu já tenho certeza que meus pais notaram. Acho que Sarah só não notou porque está fazendo a maior bagunça enquanto come seu macarrão com almôndegas. Ela já sujou todo entorno da boca e até a gola de seu vestido branco enquanto come sozinha, mesmo assim, ninguém impediu. Ela ainda está aprendendo e isso é mais do que justificável. Umedeço os lábios e minhas sobrancelhas se unem por si só outra vez. Não importa quanta força eu faça, meu rosto sempre se torna uma carranca por si mesmo. É inevitável, principalmente meu aborrecimento. As coisas foram de zero a cem tremendamente rápido. O tapete foi puxado abaixo de meus pés com toda força e depois de um tombo tremendamente doloroso, eu finalmente voltei a realidade. A minha realidade. E Savage absolutamente não está nela. Não com quanta merda ela faz sem nem mesmo pensar. Sim, estou errado. Estou a enganando desde que nos conhecemos, mas a dor de cabeça que ela me trouxe dessa vez foi alucinante. Eu nem sei porque aceitei pagar 700 mil dólares a gangue de Collen Maine apenas para que não matassem Savage. Eu deveria ter deixado ela se virar. Eu não tenho mais absolutamente nada com ela.

"Tudo bem, já chega." minha mãe finalmente indaga, ao que não conseguiu se conter. Ergo os olhos e a vejo limpar a boca com o guardanapo que estava em seu colo. Ela fecha sua expressão severamente para mim e continua a falar: "Desembucha, Leon. Fala logo o que aconteceu. Savage não apareceu no jantar que combinamos a dias e você deu uma desculpinha ridícula diante isso. Mas todos sabemos que algo aconteceu. Está impossível falar com você nesses dias e quando conseguimos, você é insuportável! Nos conte logo o que aconteceu."

"Amor", meu pai a chama, querendo acalmar a situação quando fala em tom calmo e com o maior decoro que consegue.

"Não, Charlie." diz minha mãe, fechando sua expressão até mesmo para o mais velho. "Anda, Leon, fale. Eu quero saber o que houve. Eu quero uma justificativa plausível para essa sua cara de tacho que já me tirou do sério e olha que isso é muito difícil, filho." ela continua e mesmo que seu tom seja calmo e ela não levante a voz em momento algum, a mesma ainda está indiscretamente aborrecida comigo.

"Nada aconteceu" eu lembro entredentes, já me aborrecendo quando sinto meu sangue começar a ferver apenas com o modo o qual minha progenitora me encara. Se ela quer uma discussão, é isso o que ela vai ter, porque eu não estou com um pingo de paciência nos últimos dias que se passaram.

"Leon!", ela fala mais alto comigo e isso chama a atenção de minha filha a mesa. Meu pai chama a atenção de minha mãe na mesma hora porque todos notamos como Sarah se assustou e imediatamente ficou envolvida de medo. "Anda, eu não estou pedindo!" ela rosna, batendo uma mão em punho de modo hostil sob a mesa e no mesmo segundo, minha filha salta com o susto.

"Nós terminamos, tudo bem?" eu falo ainda mais alto que ela, já no estopim de minha paciência enquanto fecho toda minha expressão e continuo a me direcionar a mais velha aos gritos: "Era isso o que você queria ouvir, mãe? Nós terminamos, beleza? Não quero sequer ouvir mais o nome da Savage em momento algum da minha vida! Estou exausto de confiar nas pessoas erradas, na verdade, não posso confiar nem na droga da minha sombra! Estou cansado disso, da teimosia dela, do quanto ela é uma moleca! Acabou, chegou ao fim! Chega desse papo de Savage para lá e para cá, vocês não irão conhecê-la e ponto final!", quando finalizo, num ato maior de aborrecimento, jogo o talher de meu jantar com tanta força sob meu prato que a comida salta e tudo se torna uma bagunça sob a mesa. Assim como apoio meus cotovelos sob o móvel e cubro os olhos com ambas as mãos, tentando me acostumar ao silencio doloroso que meus gritos imediatamente criaram no recinto.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora