CAP. 54 - A química que há entre nós

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24 de Novembro de 2012

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24 de Novembro de 2012.

Os últimos dias vem sendo bem caóticos, eu não posso mentir. Estar alucinando a todo santo minuto, vendo pessoas que já matei, ficar ouvindo coisas e sentindo um milhão e meio de emoções por segundo, vem sendo absurdamente exaustivo. Nunca sei distinguir a realidade de minhas próprias alucinações. É difícil agir diante tudo que está à minha volta - considerando que as alucinações se mostram ainda mais vorazes e presentes quando estou perto de outras pessoas. É quase impossível me segurar, disfarçar se tornou uma tarefa quase que dolorosa. Minha cabeça está muito cheia, pesada, repleta de pressão. Sinto que estou esgotada ao limite. Mas, também não posso mentir que Leon Kennedy vem sendo ótimo. A ideia ainda está fresca. Estar na casa dele não é nada demais, tudo bem que é a casa de um milionário e tem empregadas circulando por cada maldito metro quadrado. Mas o lance grandioso mesmo é estar vinte e quatro horas no mesmo ambiente que ele. Tudo bem também que ainda não fazem vinte e quatro horas desde que cheguei, mas sinto que já estou aqui a uma eternidade - considerando tudo o que aconteceu de ontem a noite para cá. Leon Kennedy não é um incômodo. Sinto que estamos em sintonia. Ele está tentando melhorar e eu também. A cada minuto. Mas a droga das alucinações não colaboram em nada e, quando vejo, já estou o respondendo do modo mais arrogante o possível de tabela. As vozes e as alucinações tentando me diminuir o tempo todo não ajudam em nada, apenas me aborrecem. Mas ao menos a visão de Tyler ajuda diante alguns pequenos detalhes - mas não tão menos importantes. 

Ontem à noite, Tyler me ajudou muito. Mais do que além do necessário. 

Dormir no meu quarto, na minha casa, se tornou algo impossível. As alucinações pesaram para esse maldito lado, considerando o quanto vem tagarelando em minha cabeça. Então, para compensar toda essa merda, eu também comecei a ter visões de Bridgit Putinha Verus. Nada grandioso comparado a toda a presença das outras. Ela apenas ficava aparecendo no canto do meu quarto, com a máscara de coelho de Tyler. Ela ficava lá, parada, estática, me observando. Como um fodendo súcubo diante uma paralisia do sono. Então, é, dormir em casa se tornou algo monstruoso. Horde até chegou a me ceder seu quarto por um tempo, também dormi na casa de Carrie e depois de Reid. Quando vi que já havia me tornado um fardo, que estava dando trabalho para todo mundo, algo dentro de mim se revirou - eu quis surtar, mas não tive muita opção. A pressão de todos a minha volta que ficam esperando por uma reviravolta dramática de minha figura já não mais me aborrece, apenas faz com que eu me afunde ainda mais - por mais que eu nem saiba explicar o devido modo no qual o processo acontece. Enquanto as outras alucinações desgraçadas apenas estavam colaborando para a minha devida piora, Tyler estava sempre presente, me dando forças de um modo inexplicável e quase perfeitamente paranormal. É assustador, eu sei, mas também não sei como controlar isso. Ando conversando muito com Reid e ele disse que é normal. Diante de um trauma grandioso, assim pelo qual passei, algo dessa magnitude pode acontecer com uma absurda facilidade.

Foi o que aconteceu ontem a noite. Eu não havia dormido nada bem ao que voltei a dormir em casa para parar de dar trabalho aos meus amigos, dormindo em suas casas. Acabei perdendo a hora de ir para o galpão e fui mais tarde, planejando sair também mais tarde para compensar meu atraso patético. Logo, quando estava saindo no final de meu turno, eu congelei diante a entrada de um corredor enquanto seguia para o salão principal e então a saída do galpão. Tive uma visão horrenda. Talvez a pior alucinação desde que toda essa merda começou, tenho que admitir. Tive uma alucinação de uma pilha de corpos metros à minha frente, sob uma poça de sangue fedorenta e num vermelho tão vivo que meu corpo acreditou que era real. Que aquilo estava acontecendo e era uma situação palpável. Senti algo escorrendo de minha intimidade e então uma dor alucinante ao ponto de que senti que poderia desmaiar diante tanto suor frio, gelando minha espinha dolorosamente. Minha cabeça e a visão de Tyler frisaram que era apenas o meu período, passei por algo tão grandioso recentemente que me esqueci por completo de meu ciclo. Mas algo maior em mim, junto às alucinações dos outros desgraçados presentes, apenas ficaram me lembrando de que eu estava de volta àquele lugar. Eu estava sendo violada novamente, dolorosamente, tortuosamente. 

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora