Prólogo

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11 de Fevereiro de 2012 - Miami, Flórida

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11 de Fevereiro de 2012 - Miami, Flórida.
Exatos 364 dias antes da desgraça acontecer.

Em minha defesa, eu sou uma mulher devidamente normal. Não existe nada de especial na minha aparência, talvez os cabelos longos sejam maiores do que você costuma ver por aí, mas não é realmente algo grandioso. Não existe nada em particular no meu jeito de andar, no meu sotaque ou nas curvas de meu corpo. Realmente, uma mulher um tanto comum. Mas, mesmo com todos os atributos de uma pessoa nos padrões da normalidade, eu posso afirmar que sou um tanto conhecida por cada canto a qual costumo andar. Não, eu não sou uma estrela de cinema. Mas eu tenho um sobrenome que carrega uma história um tanto quanto peculiar.

Os Lancasters não são nem um pouco bem vistos neste maldito país. Isso inclui a ideia que qualquer um que carrega esse sangue maldito, seja visto com maus olhos por ai, independente do estilo de vida. Os Lancasters vieram de uma linhagem gigantesca, então talvez você ache impressionante como gerações inconsequentes dessa família ordinária conseguiram, com o passar dos anos, jogar um nome tão renomado diretamente na lama cada vez mais profundamente.

Eu ainda tive um pouco de sorte, dizendo de modo ignorante. Ao chegar nos meus dezoito anos, meus pais me deserdaram para que eu não tivesse direito algum a herança milionária deles. Em partes, estou agradecida. Não preciso de centavo algum da fortuna deles, considerando o quanto sempre almejei minha independência. Sou contente - em partes - como vivo atualmente. Tenho um bom emprego no Departamento de Polícia de Miami, tenho um "namorado" e moro na minha casa com outros cinco amigos.

Acho que a única coisa que falta em minha atual vida repleta de normalidades, é o meu irmão mais velho. Tyler era doze anos mais velho, mas sempre foi ótimo. Acho que não tenho advertência alguma, considerando como ele sempre me tratou como uma bonequinha de porcelana. A princesa em especial na vida dele. Infelizmente, o que também me destrói e torna as normalidades da minha vida um pouco incomuns, é o fato de que Tyler foi baleado quatro vezes bem diante meus olhos, oito anos atrás.

Nunca soube o que queria ser quando chegasse a vida adulta logo após terminar o ensino médio, mas assim que eu perdi a pessoa mais importante de toda minha vida, eu tive certeza absoluta de que queria ser policial. Ao menos para ter algumas respostas, para descobrir o que aconteceu com o meu irmão. Foi tão vago, uma situação completamente inusitada. Ainda tenho pesadelos com aquela noite e ainda acordo tremendo, suada e cheia de confusão. Como pode um homem de capuz simplesmente se aproximar e balear alguém quatro vezes no peito?

Percebo que estou vagando nos mesmos pensamentos que me invadem habitualmente logo quando estou próxima da loja de conveniência da avenida. Estaciono minha Chevrolet Silverado 1500 de 2012 entre dois outros carros à frente da loja, assim a desligo, retiro meu cinto e desço. Imediatamente a brisa fresca da rua balança meus cabelos longos e eu ergo a mão direita para que a lateral de minha franja suave não cubra meus olhos e me impeça de enxergar.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora