CAP. 61 - O início do fim

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1 de Janeiro de 2013

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1 de Janeiro de 2013.

Eu pensei que nunca compreenderia nada sobre isso, e um grande exemplo, foi ter vivido a vida toda com meus pais por perto, assim assistindo seu lindo casamento de camarote.

Eu não entendia a ideia de meus pais serem amigos antes mesmo de serem amantes. Não entendia por que meu pai só dormia na mesma cama que ela, às vezes, até mesmo brigados, porque dormir sozinho já não era uma opção. Era desconfortável, solitário. Então, antes de costas um para o outro, do que definitivamente separados por uma parede. Ou várias delas. Sem contar que as brigas deles nunca duravam muito, eles não suportavam ficar longe um do outro. Sempre teve esse chamego todo ao ponto de enjoar, de tão meloso que era! Eu achava difícil compreender todos os detalhes, parecia algo impossível. Era estranho pensar nessa ideia, dos meus pais, casados a tantos anos, sendo amigos, acima de tudo. Nunca entendi o quanto meus pais gostavam de ver televisão juntos, abraçados, como sentiam prazer em compartilhar da própria comida dando na boca um do outro, como meu pai sempre erguia minha mãe nos braços e eles compartilhavam uma linda dança, balançando e girando por toda a sala de estar. Nunca entendi como meu pai ficava preocupado, ficava mimando minha mãe sempre que ela tinha uma simples e rápida dor de cabeça. Nunca entendi, principalmente, o porquê daqueles dois se olharem tanto nos olhos e então, momentos depois... começarem a sorrir um para o outro. Mas, aí que está o verdadeiro ponto. Eu não entendia... mas eu sempre estive lá. Meus pais foram ótimos pais e eu não tenho nada a reclamar, principalmente porque eles me permitiram estar sempre por perto para assisti-los assim. Felizes. Se amando como realmente tanto se amam. E agora, eu finalmente posso dizer que entendo tudo isso. Depois de tantos meses convivendo e conhecendo uma pessoa em específico, depois de descobrir que a amo e quero passar o resto da minha vida ao seu lado. E o lance dos olhos, isso eu também finalmente entendo agora. Ah... como eu entendo.

"O que foi?" Savage me questiona lindamente risonha, fazendo com que meu coração se torne descompassado pela enésima vez na noite. O que não me surpreende e eu apenas desejo, com o fundo da minha alma, que eu nunca me acostume com a sensação. Porque é delicioso demais. A sensação de meu coração pular batidas violentas por uma pessoa em específico me enlouquece de amor, eu realmente espero não me acostumar. Quero sentir isso pelo resto de minha vida.

"Você é linda" Eu sussurro para ela, quase completamente sem voz. E não é nem de tanto praticamente berrar para Sarah e Eddie se afastarem da ponta da doca, ao que clara e ousadamente, queriam pular no lago. Tudo bem, todos dois sabem nadar, mas não era algo prudente a se permitir. Vejo como minha garota suspira de modo derretido diante minha fala, se debruçando sob o balcão ao que está do outro lado. É uma pena que ele esteja nos dividindo agora – ao que Savage estava guardando um delicioso bolo de creme na geladeira agora a pouco, que ela trouxe do jantar que tivemos na doca, mais cedo. O jantar onde eu a pedi deliciosa e romanticamente em casamento. A ideia de que estamos oficialmente noivos agora me conforta, me aquece de um modo amoroso em que nunca senti em toda a minha vida. Eu nunca nem mesmo imaginei que um dia poderia me sentir assim, para ser minimamente honesto.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora