CAP. 59 - Os olhos expressam o que a alma deseja

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24 de Dezembro de 2012

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24 de Dezembro de 2012.

Eu acho que realmente não existem palavras o suficiente para descrever o sonho que eu ando vivendo ultimamente.

Sim, sonho. Porque é indubitavelmente impossível de se acreditar nisso. Tanta coisa aconteceu, tanta coisa ruim. Como é possível que eu finalmente esteja sendo feliz? Como é possível que eu finalmente esteja conseguindo seguir com a minha vida como sempre quis? Não posso negar que Leon S. Kennedy é meu cúmplice nisso. Não mesmo. Nem ousaria tirar os créditos dele, considerando que a maioria das coisas boas que sinto e ando vivendo, são graças a ele.

Eu acreditei, praticamente a minha fodendo vida inteirinha, que eu era uma maldição. Que eu era um carma desgraçado para as pessoas. Que caso elas estivessem entrando em minha vida, se aproximando de mim, era como se elas estivessem pagando uma pendência com Deus. Sempre tive certeza que era a desgraça destinada a vida das pessoas - mas agora… céus… tudo parece tão diferente. Tão perfeito. Realmente um sonho, com todas as letras e cores mágicas. Então, antes de tudo, que tal começarmos por tópicos deliciosamente detalhados?

Um e não menos importante, talvez o segundo mais importante neste momento - considerando o quanto mexeu comigo e ainda mexe, para ser minimamente honesta: os pais do meu namorado. Depois de chegarmos na nossa casa, nos sentarmos a mesa e Lenora e Charlie ficarem ansiosos para conhecerem o Eddie, não demorou muito até o garotinho perder a timidez. Principalmente quando os mais velhos o ganharam pela barriga, o oferecendo sorvete antes do almoço. Depois de Sarah e Eddie se entupirem de sorvete, Lenora e Charlie conseguiram conversar com o garotinho e conhecer um pouquinho dele - o que já os agradou ao extremo e eu já os amo por isso. Principalmente por respeitarem o meu filho. E, claro que Lenora se mostrou uma mulher mais do que extraordinariamente esperta, mas nós ainda vamos chegar lá. Eddie e Sarah eventualmente saíram para correrem juntos, é claro. Ficaram brincando por toda a casa e fazendo uma bagunça adorável. Sim, adorável. Acho que a ideia de Leon ser um fodendo milionário e ter quase vinte empregadas somente para sua residência, nos cansa menos. Cada um fica com um pouquinho de trabalho, honestamente. Então, com apenas os adultos na mesa, tivemos ainda mais oportunidade de conversarmos e nos conhecermos livremente. E eles foram ótimos. Isso eu não posso negar. Não poderia nunca, ao menos só se eu quisesse voltar aos meus parâmetros de babaquice de meses atrás, quando eu e Leon ainda éramos praticamente inimigos. Lenora e Charlie foram respeitosos com Eddie e ainda mais comigo, eles foram super pacientes diante o quanto eu estava pasma e recuando, tentando com todas as suas forças e a todo momento, me entender, me compreender e aceitar quem eu sou. Não que nessa última parte de aceitar quem eu sou, eles tenham feito muito esforço. Sinto que gostaram de mim da cabeça aos pés e eu me senti confortável o suficiente para ser genuína. Para mostrar o quanto sou louca pelo filho deles e o quanto vou fazê-lo feliz porque o amo com tudo o que existe em mim.

Depois de conseguirmos conversar um pouco, também conseguimos todos unirmos forças para trazermos Eddie e Sarah de volta à mesa para enfim almoçarmos. Tudo bem que eu e Leon tivemos que nos juntarmos para fazermos “cara feia” para os nossos filhos para que eles comessem até a última vagem do prato, até porque, se entupiram até a goela de sorvete mais cedo. As crianças voltaram a mesa e tornaram a ser o centro das atenções, ambos já sendo absurdamente prometidos com vários mimos - principalmente com o Natal praticamente aí, estampado em nossos focinhos. Meu filho conseguiu se mostrar ainda mais adorável do que o imaginado, para ser minimamente honesta. Vê-lo com as bochechinhas rosadas, o nariz arrebitado ligeiramente sofrendo espasmos de constrangimento, foi impagável. Eu não poderia desejar cena melhor, para falar a verdade. Simplesmente a ideia de ele finalmente estar em casa, comigo, de onde nunca deveria ter saído, já é algo de se tirar o fôlego. Eu esperei muito tempo por isso, quase dez anos inteiros, tenho que dizer. E a ideia de que, também e acima de tudo, agora que ele está em casa, ele tem a família completa que sempre mereceu e vai o fazer feliz a todo custo, é ainda melhor. É menos assustador, porque agora eu não estou sozinha. Eu tenho apoio para apoiá-lo. Até porque, acima de tudo, eu também ainda preciso de apoio, porque não faço ideia de como fazer isso. Sempre quis o ter por perto para fazê-lo feliz, mas nunca soube como realmente seria e como faria estando sozinha. Eu sabia que precisaria de forças e agora… eu as tenho. Com todas as fodendo letras e presenças. Quando o almoço acabou, Sarah e Eddie foram maratonar desenhos animados na televisão e Lenora insistiu tanto para que Leon fosse buscar uma boa escola particular para Eddie imediatamente, que eu cheguei a ver catorze tons de roxo no rosto do meu lindo namorado. Ele queria fazer tudo com calma e paciência, principalmente comigo, mas entendo a pressa da mais nossa avó de Eddie. Ela apenas quer que o netinho tenha o melhor, assim como Sarah. Então, logicamente, depois de rir muito do aborrecimento momentâneo de Leon, eu concordei com Lenora.

𝑩𝒖𝒔𝒕𝒆𝒓 𝑪𝒍𝒖𝒃 - 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora