No primeiro momento, Robby pensou em seguir a namorada paajudá-la la em seu plano. Mas quando apareceu na entrada do apartamento do Arraia e se deparou com a garota esperando o uber, recebeu um pedido dela para que fosse com os meninos buscar alguns equipamentos que ela disse que precisariam e avisar ao restante dos alunos do Miyagi-Do para que eles se preparassem. Um pouco receoso em deixa-la sozinha acabou concordando em encontra-la no local combinado em uma hora. Os dois então e separaram, mantendo contato por seus celulares.
Quando Akemi desceu do uber, ficou surpresa ao ver o carro de Sam estacionar logo atrás e a garota descer o carro.
― Pensei que estivesse com os meninos. - disse Akemi.
― Achei que pudesse ser mais útil aqui.
― Então sabia que eu viria pra ca?
― Você tinha dito que viria antes. Além disso, segui seu carro. - ela se aproximou. - Desculpe por brigar com você. Sei que se importa com a gente, eu só... fiquei brava por ter escondido algo importante de mim.
-Tudo bem. Mas você precisa entender que não precisa saber de tudo, Sam. Ás vezes é realmente melhor não saber.
- É... certo, está bem. Vou tentar me lembrar disso da próxima vez. - ela sorriu, ainda constrangida por ter brigado com a melhor amiga. - Bom, o que viemos fazer aqui?
- Esclarecer tudo e conseguir uma ajuda a mais.
Akemi se virou, caminhando até a entrada do apartamento e batendo na porta. Samantha olhou para Akemi, procurando algum traço de nervosismo na amiga, mas ela parecia bem e confia. Ela voltou a atenção para a porta que havia acabado de ser aberta, vendo a sua maior inimiga dos últimos anos franzir a sobrancelhas, confusa.
- Por que estão aqui?
- O que aconteceu com sua mão? - perguntou Akemi um segundo depois, fazendo Samantha olhar na mesma direção. A mão de Tory estava inchada e ensanguentada, deixando claro que seu machucado era recente.
- Não tem que fingir que se importa.
- Olha, eu não queria estar aqui. - afirmou a asiática, - Mas eu vim, pelo Robby, pelo Miyagi-do e pelo Presas de Águia. Hoje de manhã, vi como olhou pra Devon, você a incentivou a vir com a gente. E eu sei que posso estar muito enganada, mas eu acho que você queria vir também. - Akemi acenou com a cabeça para a mão dela. - Pelo visto a Kim também achou isso, não é?
- Se for algum problema com o Cobra kai, a gente pode te ouvir. - disse Sam.
Tory encarou as duas por alguns segundos, depois acenou com a cabeça e entrou em casa. Akemi e Samantha a seguiram. Na sala de estar, bem ao lado da cozinha, caixas vazias de cereais e alguns potes sujos de comida se espalhavam pelo lugar desorganizado. No fim do corredor, Akemi conseguiu ver alguém deitado em uma cama de hospital em um dos quartos. Depois, olhou para Tory, que estava sentada no sofá colocando gelo na mão machucada.
- Eu queria ganhar aquele torneio mais que tudo. Depois da nossa luta, mesmo que eu tivesse perdido, eu... estava feliz. - ela levantou a cabeça, olhando para Akemi. - Sabia que tinha sido uma boa luta. Sabia que tinha feito o possível, mesmo brava por ter perdido aquela final. Mas aí eu vi o Silver com aquele árbitro. Aquilo me destruiu. Me senti uma fraude. E eu queria tanto me vingar do Silver que acabei indo pro lado do Kreese e me envolvi em mais mentiras. E agora minha vida ta um inferno.
- Eu não sabia o que você tava passando. - disse Sam. - Mas agora que eu sei, a gente pode se ajudar. Tentamos falar com o Arraia, ele meio que confirmou eu foi o Silver que agrediu ele no antigo dojô mas ele ta com medo demais pra ir na policia.
- Sabia que o Silver estava envolvido. Mas não que ele mesmo tinha feito.
- O problema é que não da pra provar. - murmurou Sam, desanimada.
- Eu pensei em um jeito. - avisou Akemi. - Por isso vim aqui.
Tory balançou a cabeça, imaginando estar pensando o mesmo que Akemi.
- Se aconteceu no antigo dojô, talvez dê sim.
- Tinham câmeras, não é? - indagou Akemi. - Eu me lembro. Achei que você pudesse saber de um jeito de acessa-las.
- Tem um jeito. Mas... não vai ser tão fácil.
- A gente consegue. Temos que acabar com isso logo.
Minutos depois, as três garotas estavam dentro do carro de Samantha indo em direção ao local de encontro combinado com seus amigos. Robby, Miguel, Falcão e Demetri eram os únicos esperando pelas duas garotas, sem fazer ideia do que aconteceria quando elas chegassem.
- Por que queriam que eu trouxesse isso? - perguntou Demetri, mostrando a mochila cheia.
- Voces sabem tanto quanto a gente. - disse Miguel. - A Samantha só pediu pra vir.
- Pelo menos ela fala com você. - murmurou Robby. - Eu não consegui mais nenhuma resposta da Akemi.
- É a Tory? - sussurrou Demetri quando percebeu as duas amigas se aproximando com a loira.
Elas pararam junto da roda dos garotos.
- O que ta rolando?
- Que que houve com a sua mão? - perguntou Robby.
- Ah... acidente de treino. Eu to bem.
- A gente acha que da pra provar que foi o Silver que atacou o Arraia. - avisou Akemi.
- Se o ataque aconteceu no antigo dojô foi depois que o Silver instalou as câmeras de segurança.
- Então tudo pode estar gravado.
- Cara, mas aquele lugar foi limpo.
- Na verdade não importa. Os sistemas que a gente vende da Tektal salvam as imagens em um servidor central. Quando o Silver se mudou deve ter levado o sistema.
- Acho que sim. Tem um servidor no escritório do dojô principal.
- Se tivermos acesso a gente vai encontrar as imagens. A gente pode até postar no canal do Cobra Kai.
Akemi tirou o celular do bolso, entrando no grupo de mensagens onde o restante dos alunos estava. "Tá na hora. Vamos derrubar o Cobra Kai."
- Vamos acabar com o Cobra Kai de uma vez por todas.
O grupo de amigos que bolou o plano, como esperado, foram os primeiros a chegarem no dojô do Cobra Kai. Não sabia quanto tempo o restante deles demoraria para vir, mas não os esperariam para inciar o plano. O estabelecimento, como esperado, estava trancando, mas Akemi e Robby já tinham uma ideia em mente de como entrar no local.
- Se o sistema de segurança que eles instalaram for igual o do antigo dojô eu acho que eu consigo entrar.
- Posso te ajudar. - avisou Akemi, aproximando-se do namorado. - Também sei como funciona. Além disso, você não pode violar a lei, ta em condicional.
- Vocês estão falando como um casal de criminosos. - disse Demetri.
- O caratê não foi o meu primeiro hobby. Infrigi umas leis antes da gente se conhecer.
- Eu tenho ficha criminal no Japão. - Akemi sorriu. - Na verdade eu acho que tenho aqui também. Funcina internacionalmente?
- Você tem ficha criminal? - repetiu Falcão, suspreso.
- A gente pode usar o meu crachá. - disse Tory, olhando para Robby. - Sabe, assim quem ta em condicional e quem tem ficha criminal não precisa violar a lei.
- É uma boa ideia.
- Eai galera.
- Eai gente. - eles viraram-se em direção a nova voz, vendo o restante dos amigos de treino chegarem. - Desculpa o atraso. Alguém levou um tempão pra se trocar.
- Ta de madrugada. - se defendeu Bundão.
- O que ela ta fazendo aqui?
- Relaxa, ela ta co a gente. - respondeu Sam. - Pelo menos pro que vamos fazer.
- O que a gente vai fazer? A mensagem só fala que vamos derrubar o Cobra Kai e tal. Mas como?
- Mostrando quem o sensei deles é. Temos provas de que ele é um criminoso.
- Vamos entrar no escritório do Silver. - avisou Sam. - Precisamos de vocês vigiando.
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Sol & Lua - Cobra Kai - Livro 2
Подростковая литератураEssa história é a continuação do livro "Sol & Lua - Cobra Kai - Livro 1". Não dá pra ler essa história sem ler a outra antes. Sinopse do Livro 1: Uma mudança repentina de país fez com que Akemi tivesse que se adaptar a um novo local. Vizinha dos L...