Essa história é a continuação do livro "Sol & Lua - Cobra Kai - Livro 1". Não dá pra ler essa história sem ler a outra antes.
Sinopse do Livro 1:
Uma mudança repentina de país fez com que Akemi tivesse que se adaptar a um novo local. Vizinha dos L...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois de os garotos finalmente se resolverem, por mais que tivesse sido convidada, Akemi não ficou lá por mais muito tempo. Acreditou que seria melhor se fosse embora, para que Lawrence pudesse ter um momento a sós com os dois garotos, algo que ele nunca havia conseguido até então. Por isso, se despediu do grupo e foi embora, ligando para Samantha para ver como estavam as coisas na casa da avó. Enquanto andava em direção a sua casa, conversava com a amiga no telefone:
"Arranjei uma briga em um bar." - disse a garota, rindo.
- Uma briga no bar? Você? Tá brincando!
"É sério."
"Ela acabou com aquelas mulheres, Akemi!" - a voz de Anthony veio do fundo.
- Por que? O que aconteceu?
"Elas encrencaram com a mamãe e a nossa tia. Eu só as defendi."
- E ganhou, pelo visto.
"É! Eu ganhei!"
Akemi riu.
- Estou com saudades de vocês.
Do outro lado da linha, Samantha suspirou, triste.
"Eu também. Espero que eles se resolvam logo."
- Escute, nós podemos fazer como aqueles filme das irmãs gêmeas. Operação cupido.
"Eu acho que isso pode funcionar." - disse Anthony.
- Ele está ouvindo?
"Ele queria ouvir. Está no viva-voz agora."
- Tudo bem. Então o Anthony concorda comigo. E você, Sam?
"Não tenho certeza se vai funcionar."
- Mas você topa?
"Eu topo."
"Vamos iniciar a operação cupido!" - comemorou Anthony.
"Qual é o seu plano, Akemi?"
Akemi abriu a boca, prestes a responder. Entrou na rua de sua casa, então se deparou com uma cena incomum e preocupante. Afastou o celular dos ouvidos e arregalou os olhos, fixando sua atenção na pessoa que mancava em direção a casa dos LaRusso. Daniel estava lá, completamente machucado, de alguma forma, ainda se mantendo de pé.
- Senhor LaRusso! - ela gritou, começando a correr em sua direção.
Aproximou o telefone do ouvido e gritou para Sam:
- Voltem agora! Daniel se machucou! Voltem!
Então, desligou a ligação e acelerou para chegar em Daniel, que se encostou no carro e gemeu de dor. Akemi apoiou o braço dele em seu ombro e o ajudou a caminhar para dentro de casa. Abriu a porta e encontrou Chozen deitado no sofá, o olhar dele pousou sobre eles e o homem rapidamente se levantou, indo ajuda-la e perguntando o que havia acontecido. Akemi, sem respostas, olhou para Daniel, que murmurou:
- Silver.
Logo pela manhã, Amanda e as crianças já estavam de volta em casa. Daniel mal conseguia levantar da cama e a mulher constantemente levava os remédios até ele e conferia como ele estava. Akemi foi quem atendeu a porta quando a companhia tocou, dando espaço para que Johnny entrasse na casa e se deparasse com Amanda e Chozen a sua espera.
Os dias agora se passavam com uma demora infinita, pelo menos, era assim que as coisas estavam para Akemi. Não haviam mais treinos, a não ser os que aconteciam nos dojôs do Cobra Kai. Chozen, Amanda e Johnny, por mais que tentassem bolar planos para combater Silver, queriam esperar pela volta de Daniel, que ainda estava machucado.
Akemi se sentou no sofá da casa dos LaRusso e jogou um travesseiro sobre a cabeça, suspirando alto. Samantha se sentou no sofá ao lado e Anthony preferiu continuar de pé, os braços cruzados e as sobrancelhas franzidas.
- O que vocês estão fazendo? - perguntou o mais novo.
- Descansando. - respondeu Akemi em um murmúrio.
- Descansando? Não podem descansar.
- Não pode?
- O que quer que a gente faça? - retrucou Sam, curvando o corpo para frente e apoiando os cotovelos nos joelhos.
- Eu tive uma ideia. É loucura, mas pode funcionar.
- E qual é a sua ideia, gênio?
Anthony olhou ao redor, conferindo se não tinha nenhum adulto por perto. Deu um passo à frente, aproximando-se mais das garotas, curvou-se para o meio das duas, intercalou os olhares entre elas e então:
A campainha tocou, arrancando um gemido de frustação do garoto. Ele se afastou das duas e foi atender a porta, resmungando por ter sido atrapalhado. Samantha o seguiu com o olhar sem dificuldades, enquanto Akemi precisou esticar a cabeça para o braço do sofá, em uma tentativa de olhá-los sem se levantar. Anthony abriu a porta e a voz do lado de fora invadiu o local:
- Oi, a Akemi tá aí?
Ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar.
Anthony virou-se para ela, como se quisesse conferir se para Akemi, estava tudo bem deixar Robby entrar. A garota, ainda deitada, balançou a cabeça em confirmação. Anthony deu um passo para trás e fez menção para que Robby entrasse com a cabeça.
- Entra aí. Ela tá no sofá.
Os dois caminharam em direção a sala e Johnny cumprimentou Samantha com um aceno, a atenção pousando em Akemi, que mal havia se mexido no sofá.
- Posso falar com você? Vai ser rápido.
Ela olhou para Anthony, que por mais que estivesse em silêncio completo, era óbvio que estava ansioso para contar seu plano.
Akemi tirou as pernas do sofá, abrindo espaço para que mais uma pessoa se sentasse, olhou para Robby, deixando claro que o local estava reservado para ele. O garoto se sentou, confuso, então sentiu as pernas de Akemi pousarem sobre as suas de novo, porquê ela estava com preguiça demais para se sentar no sofá.
- O que tá rolando? - Keene perguntou, intercalando os olhares sobre eles.
- Anthony tem um grande plano para nos contar.
- Um plano? Sobre o que?
- Algo que envolve caratê. - respondeu Samantha, desanimada.
- Vai, Anthony, conta.
O mais novo olhou para Robby por alguns segundos, depois balançou os ombros.
- Tá, ele pode ouvir também.
Então, voltou a se aproximar do grupo, sussurrando:
- O plano é o seguinte; se todos os seus senseis estão ocupados cuidando do nosso pai, tudo que nós precisamos é de um novo sensei.
Samantha foi a primeira rir, comentando:
- Acho que tem uma falha muito grande no seu plano, Anthony.
- Não têm não.
- É mesmo, gênio? - disse Akemi. - E quem vai ser o nosso novo sensei?
No segundo seguinte após sua pergunta, Samantha arregalou os olhos, entendendo exatamente o que o irmão estava pensando. Robby virou-se para Akemi, a encarando em silencio. Depois, os outros dois adolescentes na sala também a olharam. Akemi franziu as sobrancelhas.
- Acho que vocês perceberam algo que eu não percebi. Seria bom se alguém me contasse.
