A Outra Malfoy - Harry Potter

6. A Floresta Proibida

A volta às aulas tinha sido tranquila. O natal que passei em casa foi bem agradável. Meu irmão foi muito educado comigo e nós dois trocamos presentes. Eu lhe dei um relógio e ele me deu novos pares de luvas pretas. Meus pais também me deram um moletom, jaqueta e novos livros. Gosto muito de escrever como passatempo, então me deram cadernos com penas e tinta preta.

Meu trauma de arrumar malas só não era pior do que desfazer elas. Pego algumas roupas limpas da mala para pôr elas nos cabides do armário. Minhas duas amigas estavam no Salão Comunal conversando com Draco enquanto eu sofria arrumando tudo. Haviam alguns casacos, suéteres e algumas blusas brancas em cima da cama ao lado dos meus pares de meias pretas.

As horas se passam e o dia não demora muito para virar noite. Os alunos começam a se aprontar para dormir, incluindo as minhas colegas de quarto. Era de madrugada quando todas dormiam em suas camas. Porém, não consegui dormir de nenhuma forma. Viro para um lado e para o outro na cama, mas nada adiantava. Quando desisto de tentar dormir, resolvo ir até o Salão da Sonserina.

Lá estava escuro, não tinha mais seu brilho esverdeado da lareira como era comum, apenas a iluminação dos raios da Lua pelas janelas.

— Diana?

Meu coração para por um momento. Pulo de susto ao ouvir uma voz chamar meu nome. Acho que eu estou encrencada.

— O que você está fazendo?

Mas quando olho para trás, me tranquilizo com um suspiro. Era só meu irmão gêmeo.

— Perdi o sono. — respondo — E o que você está fazendo aqui?

Draco hesita antes de responder. Pode ser que eu tenha pegado ele no flagra. Eu ainda precisava de uma resposta convincente pois o conheço muito bem para saber se está ou não mentindo.

— Vi Potter, Weasley e Granger saindo do dormitório. — Draco diz e eu levanto uma das minhas sobrancelhas. — E resolvi segui-los...

Talvez ele espere que eu discorde da ideia, mas está enganado.

— Vou com você.

— Não. — Ele diz firme

— Sim. — retruco. — Não consigo dormir mesmo. Vou com você os seguir e ver o que estão aprontando.

Forço uma tosse e ergo minha mão em sua direção, esperando que a aperte.

— E aí?

Draco aperta minha mão firme.

— Trato feito. — ele diz

Os três alunos caminhavam emdireção a algumas plantações de abóbora laranjas seguindo em direção a cabanade Hagrid na noite escura.

— O que será que eles estão fazendo?

Olho para Draco que estava seguindo-os até o lado de fora do castelo.

— Não sei. — Responde ele — Estamos aqui para saber.

O trio de alunos chega finalmente na cabana de Hagrid. Ronald dá algumas batidas na porta ao mesmo tempo em que Hermione e Harry olham em volta para ver se estavam sendo observados. Enquanto isso, eu e meu irmão nos encontrávamos atrás de uma das pedras próximas, escondidos, observando toda a cena.

— Que idiotas. — Resmunga o loiro.

— Shhhh, fale baixo.

Com um pequeno esforço dava para escutar o que eles sussurravam. Hagrid finalmente abre a porta da sua pequena casa olhando os três pequenos alunos com curiosidade.

— Vocês... — balbucia Hagrid. — ... não deveriam estar aqui a essa hora.

Ele começa a ameaçar fechar a porta, mas, antes que pudesse realizar a ação os três falam ao mesmo tempo.