13. Vingança da vingança

558 59 15
                                    

— É uma pena que vocês ainda estejam no Segundo Ano. — diz o capitão da Sonserina. — Poderíamos ir para Hogsmead comemorar a vitória. Ganhamos graças a você, Malfoy.

Se Draco estava um pouco convencido antes, agora estava com o ego mais alto do que a torre de astronomia.

— Obrigado, obrigado. — ele diz com um sorrisinho. — Nunca duvidem do meu potencial como melhor apanhador bruxo da história.

— Aham, é claro. — ironizo.

Era a única no meio dos jogadores que não fazia parte do time. Mas como participei de todos os treinos, Draco quis me ter por perto, enquanto Adrian Pucey parecia realmente fazer questão disso.

— E à minha irmã. — Draco diz e todos olham para mim. — Que... Ham...

Acho que não seria muito apropriado dizer: "Trapaceou enfeitiçando a vassoura do oponente que acabou quebrando o braço enquanto tive a chance de apanhar o pomo nas mãos, senão coisa pior poderia ter acontecido."

— Ajudei com minhas dicas. — interrompo com um sorriso forçado.

— Foi ótima. — comenta Pucey, minhas bochechas ficam rosas de uma hora para outra.

— Cala a boca, Pucey. — diz o jogador ao seu lado.

O Salão Principal estava um tanto vazio, mesmo que já tenha passado dois dias depois do jogo, não conseguíamos falar de outra coisa. Além do mais, foi o único momento disponível que tínhamos de comemorar, visto que as aulas de cada um tomava conta da maior parte do tempo. A comemoração teve direito a risadas e algumas comidas do próprio Salão. Comi um pedaço de torta de abóbora com queijo branco e fui capaz de beber um cálice inteiro de chocolate com leite.

— Malfoy.

Uma voz atrás de mim me chama atenção, interrompendo a conversa que estava tendo com os outros jogadores.

Harry estava respirando com dificuldade, seu braço já não estava mais quebrado, parecia que ia quebrar alguém ao meio. Sua expressão de raiva era algo comum, mas estava mais diferente, mais intenso.

— O que você quer? Veio lamentar a derrota do jogo passado? — ri Draco.

— Estou falando com ela. — o garoto responde.

Estremeço e resolvo me levantar do banco.

— Quer conversar comigo, é isso? — pergunto com um tom de voz pacífico. Dou alguns passos em sua direção. — Ótimo, vamos conver...

— Não tenho nada para conversar com você — ele dá mais passos em minha direção, então recuo. Alunos começavam a olhar quando ele aumenta o tom de voz. — Você azarou a minha vassoura.

Draco ainda estava na retaguarda, como se estivesse preparado para revidar caso acontecesse.

— Está delirando. — dou uma risada nervosa. — Por ter caído da vassoura, não está pensando direito.

— Não minta! — ele grita. — Colin me mostrou as fotos de você entrando no meu vestiário antes do jogo.

Ouço burburinhos de alunos olhando ao redor, prestando atenção demais na cena ridícula. Pego a minha varinha, minha única arma de defesa naquele momento. Se ele encostar em mim, vou o azarar novamente.

— Sinceramente, eu não sei o que você tem contra mim. — sua voz não estava tão brava quanto antes, apenas mais séria — Você pode muito bem ser a herdeira da Sonserina, o que justifica o fato do Colin estar petrificado. Fez isso para se vingar dele, não é?

— Do que você está falando? — minha varinha aponta para ele. — Não azarei nenhuma vassoura.

— Não acredito em você.

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora