40. A Terceira Etapa

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Ontem passei a tarde completamente sozinha. Fiz minhas aulas, tudo como planejado. Terminei meu cronograma de tarefas, até arrumei meu quarto inteiro. Mas quando vi Nott me olhando na hora do almoço, já tinha certeza de tudo que se passava na cabeça do garoto.

Tory, mais cedo, tinha falado para mim que Bárbara ouviu uma conversa entre Draco e Pansy, eles estavam conversando sobre Nott e minha possível paixão secreta. É claro que tudo isso não passa de uma mentira, então não devo me importar com isso.

O que me irrita é que em apenas um dia, três das minhas colegas de quarto me perguntaram sobre isso.

— Você e Nott são bem próximos, não? — insistiu Melaine Carrow, colega de Tory.

— Deixe-a em paz — advertiu Bárbara, enquanto ajeitava o travesseiro de sua própria cama — Sabe que esse tipo de coisa é invenção de Draco.

— Não é novidade que Malfoy inventaria algum rumor só para irritar a irmã gêmea dele. — diz Tory, da outra ponta do quarto.

Entretanto, nem Peggy e Melanie aparentavam convencidas com a proposta das minhas duas amigas defensoras. Peggy amarra o cabelo para trás com um acessório de cabelo e olha para mim.

— Então é mentira, Malfoy?

Coloco o livro que estava lendo sobre minha escrivaninha de madeira escura, ao lado da minha cama com lençóis brancos.

— Sim.

Nott. Nott. Nott.

Como se alguém idiota como ele fosse ter alguma importância para mim. Aquela carta dele, nem deveria ter respondido aquele seu poema estúpido. Aposto que está rindo com Pansy nesse momento.

Bem que acertei, pois no salão principal Theodore e Parkison estavam bem juntinhos, dando gargalhadas junto com Blaise, Goyle e Draco, em pleno café da manhã. São apenas 7 horas e eles estão fofocando sobre mim.

Me levanto da mesa, e Bárbara pergunta se estou bem.

— Perdi a fome — digo.

O assunto não poderia ser ignorado por tanto tempo, mesmo que eu tivesse coisas mais importantes para resolver, porque é impossível ignorar Pansy Parkinson sentada no sofá espaçosamente, enquanto cochichava com Nott.

— Pansy, precisamos conversar. Agora. — entrei na Sala Comunal com passos firmes, e fiz a voz mais fria que conseguia.

Pansy Parkinson estava jogada em uma poltrona como se fosse a dona do mundo, rindo com Theodore Nott, como se ela tivesse alguma importância real. Quando me viu, aquele sorrisinho arrogante que eu odiava tanto apareceu em seus lábios.

— Ah, se não é a princesinha da Sonserina. O que foi, Diana? Está incomodada porque o Nott não está dando atenção a você? — Ela cruzou os braços, me olhando de cima a baixo, claramente se achando superior.

— Não me faça rir, Pansy. Você sabe muito bem que isso não tem nada a ver com o Theodore — Cruzei os braços, enfrentando o olhar dela.

— Você gosta da Diana, Nott? — pergunta Pansy para o garoto.

Nott, em pé ao lado do sofá, parecia ser tão irrelevante como qualquer outro que não tem nada a ver com o assunto.

— Não. — responde, seco.

— Um amor incorrespondido? — Pansy provoca — Coitadinha. 

— Não foi você quem me mandou um poema romântico no ano passado? — provoco enquanto me viro para Nott.

— Fiz sem pensar — ele responde — Agora consigo ver que cometi um erro.

Estreito um olhar para os dois, precisamente duvidando da minha capacidade de conseguir não fazer algo completamente obsceno, como "será que lançar uma maldição imperdoável seria tão imperdoável assim?"

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora