12. Jogo Limpo

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Para animar minha tarde de final de semana, hoje teria o jogo de quadribol. Eu não falava mais com os gêmeos faziam tempos, pois estavam muito atarefados com as aulas e os treinos. Não éramos da mesma casa nem mesmo do mesmo ano. A mesma coisa com meu irmão, que só ia para os treinos. Esse jogo está mexendo com a minha cabeça, não posso deixar o outro time vencer. Mesmo que isso signifique prejudicar meus amigos.

Após o almoço, Barb estava melhor do resfriado. Ela convida a mim, Peggy e Tory para irmos ao jogo. Não era novidade que Tory iria querer sentar perto de Deny, um menino que ela era apaixonada. Eu disse a elas para irem na frente pois tinha que falar com meu irmão antes do jogo.

Todos os alunos começavam a chegar e sentar nas arquibancadas. Vou em direção ao vestiário da Sonserina e o capitão me deixa passar quando me reconhece.

— Preciso falar com meu irmão. — Digo a ele.

Draco aparece vestido com o uniforme de quadribol do time esverdeado, seu cabelo milimetricamente arrumado com gel.

— Veio me desejar boa sorte? — Ele pergunta.

— Boa sorte.

— Só isso?

Inspiro o ar devagar. Reunindo coragem o suficiente para falar alguma coisa.

— Sei como Sonserina pode ganhar o jogo.

O garoto ergue uma das sobrancelhas.

— Comece.

Meu plano precisava funcionar. Tinha que dar certo. Só precisava tomar cuidado para ninguém me ver próxima dos vestiários da Grifnória. Dou alguns passos, estava vazio. Os meninos do time estavam no banheiro. Jorge me contou há um tempo que eles iam ao banheiro para se trocar antes do jogo, e que Wood sempre fazia questão de fazer um discurso motivacional repetindo as mesmíssimas palavras.

Em todas aquelas cores vermelhas e amarelas, tento focar em pertences de um jogador, a vassoura do apanhador da Grifnória. Onde poderia estar?

Do lado contrário do vestiário, lá estava a vassoura, o meu alvo. O remorso não era algo a se preocupar. O mais justo possível seria fazer aquilo tudo de uma vez, sem arrependimentos. Sem tempo para andar para trás, Diana. Você precisa fazer isso para que sua casa ganhe a Taça, precisa fazer isso para papai se orgulhar de você.

— Relashio!

Minha varinha solta faíscas roxas ao atingir a vassoura Nimbus 2000 do pegador do pomo de ouro. Esse era um tipo de azaração que forçava uma pessoa a liberar algo que está sobre o seu domínio, ou repele os objetos com a força de um outro objeto. Faz o alvo de quem usar o objeto se desequilibrar. Era exatamente o que eu planejava fazer naquele momento, senão pior. Guardo-a na minha manga, ao sair de lá discretamente. Ninguém me viu para que possa me acusar sem provas.

Dou alguns passos. Me sento na arquibancada.

— Finalmente chegou. — comenta Tory. — Tá tudo bem, Malfoy?

— É claro que está. — Abro um sorriso.

Como não poderia estar? Meu inimigo passará vergonha com sua vassoura idiota no campo de quadribol e eu poderei aproveitar o momento de vingança.

Os dois times entram em campo. Grifnória está vaiando o nosso time de novo. Eles gritavam todas as vezes que tinham jogos com a Sonserina. Tomaria cuidado se fosse eles.

O capitão do time adversário, Oliver Wood, gritava com seu time. Era como o ruivo tinha me dito. Jorge desvia seu olhar do campo, para focar nas arquibancadas. Quando me vê, abre um grande sorriso. Meu coração acelera.

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora