26. Juro solenemente

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Sinto as pulsações de raiva nas minhas veias. O sangue circulando mais rapidamente por conta das desenfreadas batidas do meu coração, prestes a ter um ataque. Não consigo respirar.

Saio ao salão Comunal assim mesmo, de pijama. Me surpreendo quando percebo que não sou a única acordada por aqui. Na poltrona, estava Blaise Zabini, lendo algum jornal do Profeta Diário.

— Onde está Pansy!?

Quando Zabini me escuta, permanece com os olhos vidrados no jornal.

— A Parkinson está no... — Ele para de falar quando me olha, erguendo as sobrancelhas para cima. — dormitório. O que aconteceu com o seu cabelo?

Aponto meu dedo para ele acusadoramente, trêmula.

— Se você tiver alguma coisa a ver com isso...

— Não tenho. — ele diz com as duas mãos para cima, tentando parecer inocente. — A Parkinson fez isso? — Faço que sim com a cabeça.

Desvio meu olhar para uma porta se abrindo um pouco atrás de nós, perto dos corredores dos dormitórios. Olha só quem resolveu aparecer.

— Foi você! — grito o mais alto que posso, para a menina Parkinson. — Sua idiota!

Para minha inocente surpresa, ela não parecia nem um pouco abalada. Pansy apenas cruza os braços e se dá o privilégio de me assistir surtar completamente.

— Você contou para Draco, só recebeu o troco.

Respiro duas, três, quatro, cinco vezes. A cada respiração, mais minha insatisfação aumentava. Não me arrependo no momento em que empurro Pansy no chão quando puxo seu cabelo. Ela grita.

— Eu vou matar você! Eu juro que mato você. — sinto alguém puxar meu cabelo por trás, me segurando pelos ombros. — Me solta Blaise!

A cena começa a se encher rapidamente de alunos da Sonserina, alguns que acabaram de acordar pela gritaria na Comunal.

— Que está acontecendo? — pergunta Crabbe quando Goyle se aproxima. — Que aconteceu com o cabelo dela?

Fico de pé, suficientemente equilibrada para olhar para Blaise com fúria nos olhos.

— Eu disse para me soltar, Zabini. — pronuncio as palavras cuidadosamente.

— Essa louca está me atacando. — Pansy choraminga, se levantando do chão. — Está me acusando de coisas que nem fiz!

— Isso é verdade? — Draco se aproxima de nós, vestindo um pijama preto com mangas compridas. — Meu Merlin, que droga aconteceu com o seu cabelo?

Aponto meu dedo acusadoramente para Pansy, sem me permitir ficar abalada com o rosto sínico dela. Pansy está tendo coragem de se fazer de vítima apenas para sair bem na história, até soltando lágrimas forçadas. Menina infeliz. Mal consigo demonstrar minha tamanha fúria.

— Ela colocou tinta no meu cabelo.

— Mentira. — ela rebate.

— O que você disse? — me aproximo do rosto dela com seu nariz estupidamente empinado.

— Garotas são tão dramáticas. — Blaise revira os olhos.

— Acredito nela.

Nós duas olhamos para Draco ao mesmo tempo. Confusas de quem ele estava se referindo. Juro que mato ele caso ele esteja concordando com sua amiguinha besta.

— Quem? — perguntamos ao mesmo tempo.

— Você queria usar uma poção do amor em mim. — Draco continua. — O que tem a dizer sobre isso?

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora