A partir do momento que entro no trem cai a consciência de que eu enfrentaria mais um ano. Mais um ano de estudos, novas magias, novas poções, novas experiências. Algo naquilo tudo me dava a sensação de que esse ano seria diferente. Um diferente desconhecido. Quero dizer agora tenho 12 anos, já não sou tão criança quanto no ano passado.
Apenas minha mãe trouxe a mim e ao meu irmão gêmeo desta vez. Papai tinha assuntos mais importantes para resolver, e além do mais, ele detestava trouxas e alunos de família trouxa o suficiente para passar mais um ano nos levando até a estação. Não é uma boa razão. Em minha opinião, todos os bruxos têm uma chance para estudarem e se tornarem bruxos de reconhecimento, mesmo que seus pais sejam insignificantes para o mundo bruxo. É o que eu acredito. Mas não posso falar isso ao meu irmão, muito menos ao meu pai, pois temos opiniões distintas.
Sinto calor ao entrar no trem. Com o tumulto aparente dos alunos do ano passado, agora um ano mais velhos. E, desta vez, havia mais alunos que acabavam de chegar. Um novo ano. Uma nova vida.
— Essa cabine está vazia. — anuncia Draco abrindo a porta e colocando sua mala no bagageiro.
Crabble e Goyle entram na minha frente e se sentam primeiro, um em cada lado de Draco. Enquanto eu permaneço no lado da janela, para ver a vista toda do trem de perto. Não era lá uma vista tão bela, confesso. Ao me virar em direção a da porta da cabine, me surpreendo ao ver uma garota com o uniforme da Grifnória.
— Com licença. — Hermione diz. — Vocês por acaso viram Harry e Ron pelo trem?
Draco se levanta do banco com um ar de desprezo. Ele me lembrava de alguém. Ele me lembrava de nosso pai.
— Você acha mesmo que eu perderia o meu tempo procurando por esses seus dois amigos idiotas?
Hermione revira os olhos, irritada.
— Cale a boca, Malfoy. Guarde suas opiniões para si mesmo.
A garota me lança um olhar curto.
— Nenhum de nós viu. — digo seca em resposta. — Você deve torcer para que eles sejam aceitos em Hogwarts depois de perderem o trem.
— Muito obrigada pela ajuda. — Hermione diz ironicamente e sai da cabine.
— Sabe quem é a família dela, não sabe? — Draco diz aos seus amigos.
Crabble e Goyle se olham confusos.
— Não. Quem? — pergunta Goyle.
— Trouxas, é claro. — Ele responde com simplicidade. — Uma tremenda sangue-ruim, essa é a verdade.
Odeio quando ele fala daquela forma. Com seu lado mais arrogante. Não é o mesmo garoto que eu convivia sempre, a criança que chorava com medo do escuro e lobisomens. Meu irmão parecia diferente. Falava de uma forma maldosa.
— É ignorância da sua parte. Nenhum bruxo é pior por quem sua família é ou deixa de ser. Você precisa amadurecer, Draco.
Mas ele não parece gostar. Ele me olha com incredulidade. Era de se esperar.
— Do que você está falando? Não seja idiota. — resmunga Draco. — Parece até que virou um deles.
Não dou muita importância no que ele diz. Minha mente estava pensando em outra coisa. Uma coisa voando no céu do lado de fora do trem.
— Aquilo é um carro voador? — Aponto para fora da janela.
— Do que está falando? — pergunta Draco
Mas a coisa no céu já não estava mais lá. Posso estar ficando louca. Muito sobrecarregada com as novas mudanças esse ano.
— Não é nada.
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A Outra Malfoy - Harry Potter
FantasyDiana Grace Malfoy é a irmã gêmea de Draco. Ela nunca se encaixou na própria família e sempre foi julgada por ser uma Malfoy. Em uma tarde, com os seus 11 anos, a garota recebe uma carta para ir à Hogwarts. Apreensiva, e ao mesmo tempo animada, ela...