Como se não bastasse toda palhaçada do ano passado com as difamações irrelevantes do profeta Diário, agora esses idiotas colocaram um artigo negando qualquer envolvimento de Voldemort na morte de Digory. O pior do que estar correndo risco é estar correndo risco sem nenhum tipo de proteção, ainda mais do ministério.
"PLOTTER
O Menino que Mente Sobre Você-sabe-quem Ter Voltado
Repentino envolvimento da morte do participante do torneio Tribruxo?
[...]"A coisa toda é que todos querem desesperadamente negar isso, mesmo que a verdade esteja bem na frente deles
Idiotas.
Abro a maçaneta da sala da Umbridge. Ela estava sentada de forma patética e, quando olha para mim com seus olhos azuis como duas bolas de gude, parece sorrir inocentemente.
— Olá querida, sente-se.
Eu poderia pegar aquela cadeira rosa e jogar na parede rosa cheia de gatinhos irritantes ou, até mesmo, pegar o açúcar rosa e jogar bem no rosto dela. Mas, me sentei na cadeira. Porque, afinal, não sou completamente insana.
Por enquanto.
Ela sorriu para mim, com aquela expressão de doçura falsa que me dava nos nervos. Mantive o olhar fixo à frente, esperando que ela começasse.
Umbridge estava sentada à sua mesa, com um sorriso que parecia derreter no rosto, mas eu sabia que por trás daquele sorriso havia algo muito pior. Ela me observava como se estivesse saboreando o momento.
— Senhorita Malfoy — começa ela, com a voz exageradamente doce — Parece que temos um pequeno problema de disciplina, não é?
Não respondo. Não tinha a menor vontade de entrar no jogo dela. Ela adorava isso, adorava provocar, mas eu me recusava a dar qualquer tipo de satisfação.
— Diga-me, querida — ela continua, inclinando-se ligeiramente para frente — o que você acha que deveríamos fazer sobre isso?
Meu estômago se revirava de raiva, mas a minha voz sai fria e controlada.
— Acho que a senhora já tem algo em mente.
O sorriso de Umbridge se alarga, os olhos estreitaram um pouco mais, mas o tom doce permaneceu.
— Ah, sim. Acho que você está certa. Pegue a pena, por favor.
Minha mão tremia um pouco quando estendi os dedos para pegar a pena, mas logo me controlei.
— Você sabe o que escrever — diz ela, recostando-se na cadeira como se estivesse prestes a assistir a um show — "Devo respeitar as autoridades."
Claro. Essa velha história. Me inclino para frente e começo a escrever, sabendo muito bem o que viria a seguir.
A dor chega na primeira palavra, cortante e ardida, como se a pena estivesse rasgando a pele em vez de apenas escrever. Eu podia sentir a frase se gravando na minha mão, cada letra um corte, o sangue substituindo a tinta. Mas eu me recusei a demonstrar qualquer reação. Umbridge queria que eu vacilasse, que eu chorasse, talvez até pedisse desculpas. Mas eu nunca daria isso a ela.
"Devo respeitar as autoridades."
Continuo a escrever, enquanto a dor pulsava em minha mão. A frase aparecia gravada na pele, e a cada linha, o corte parecia mais profundo, mais real. Mas, em algum ponto, a dor física se misturava com a raiva que fervia dentro de mim. Raiva por estar ali, raiva por Umbridge, por meu pai, por tudo o que Hogwarts tinha se tornado.
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A Outra Malfoy - Harry Potter
FantasyDiana Grace Malfoy é a irmã gêmea de Draco. Ela nunca se encaixou na própria família e sempre foi julgada por ser uma Malfoy. Em uma tarde, com os seus 11 anos, a garota recebe uma carta para ir à Hogwarts. Apreensiva, e ao mesmo tempo animada, ela...