24. Alvo do Prisioneiro

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Duas novidades corriam pelo meu grupo de amigas nesta semana, Tory estava envolvida para seu primeiro teste de quadribol como posição de apanhadora, visto que Draco tinha quebrado o braço por seu incidente com o Hipógrifo. A intenção era ela substituir Draco, até ele se recuperar o suficiente para o jogo contra Lufa-Lufa, mas desconfio de que ela está começando a gostar muito de toda a novidade depois que entrou oficialmente para o time.

— Aula de Feitiços.

Olho para o relógio na parede ao lado do meu armário.

— Aula de Feitiços! — Victoria repete, gritando alto.

Tory tinha acordado mais cedo para o treino. Não consigo entender como alguém humano é capaz de acordar às cinco da manhã.

— Dormir é melhor. — digo para ela.

— Não é.

— Precisamos entregar o seminário que Flitwick pediu. — Bárbara responde sonolenta e com a voz rouca.

Me levantei às sete, não porque quis, e sim porque precisava.

Um garoto da Corvinal, Michael Abbot, faz dupla comigo durante a aula de feitiços. O garoto que Bárbara gostava. Por alguns segundos, vejo ele dar uma piscadinha para uma menina morena do outro lado da sala.

— Foca no dever. — eu insisto. Não vou fazer o trabalho inteiro sozinha.

No final, o trabalho foi feito da forma correta. Deixando de lado, é claro, o fato de eu ter feito tudo.

— Dois pontos para a Corvinal. — Flitwick diz.

— Eu disse para usarmos Estupefaça desde o início. — diz Michael.

Babaca.

Tenho pensado muito nessa última semana quando uma coisa surgiu na minha cabeça. A ideia de virar narradora do jogo de quadribol não era tão ruim, percebi isso quando contei para Pansy, ela me assegurou que era uma ótima ideia. Ela veio até meu dormitório hoje mais cedo.

— Que suéter bonito. — ela exclamou. — Seria perfeito para eu usar no próximo final de semana, em Hogsmead. Me empresta?

— Pode ficar. — Pansy logo abriu um sorriso, mas continuei a falar. — Mas você vai me trazer antes da segunda.

Pedi permissão para Minerva para começar os testes de narração. Era uma terça feira, estávamos eu e outros quatro alunos: Duas meninas, uma do quarto ano da Corvinal, uma terceiranista da Lufa-Lufa e dois garotos do quinto ano sem os próprios uniformes.

Sou a terceira a entrar na cabine, quando Srta. Minerva me pede para ler um jornal de narração. Lá embaixo estava tendo o treinamento da Grifnória, que fui pedida para narrar a partida depois de ler os papéis.

— Com uma defesa extraordinária, o capitão Wood evita o que, aparentemente, poderia ser um ótimo gol da Corvinal.

Nenhum time estava jogando contra eles, mas o time reserva da Grifnória estava fazendo o papel de oponentes, então Mc Gonnagal me pediu para narrar desta forma.

— Do outro lado do campo, Harry Porter perde a chance por um fio de apanhar o pomo de ouro, um lance patético! — anuncio.

O microfone talvez estivesse mais alto do que imaginava, ao perceber que todos os jogadores, incluindo o apanhador, fixam seus olhos em mim ao alto da cabine.

— Malfoy. — Minerva me censura com seu olhar severo.

— Ham... Pateticamente bem calculado!

Meu desleixo com a provacação foi passado despercebido quando adiciono detalhes na partida perfeitamente bem selecionados. Uma próxima garota da Lufa-Lufa é pedida para narrar o jogo, ela realmente parecia levar jeito para aquilo. Considerando minha provocação eu estava em desvantagem, mas não poderia perder a oportunidade de provocar meu inimigo.

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora