33. A Primeira Etapa

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— Aonde você vai se sentar?

Wendy vira cabeça, apertando ligeiramente os olhos à medida em que começava a procurar um lugar. Ela aponta para uma arquibancada com bandeiras azuis, torcedores de Fleur Delacour. Sigo-a e me sento junto a alguns torcedores de Fleur, nenhum aluno que eu conhecia, mas realmente não conheço tantas pessoas por Hogwarts. Haviam bandeiras azuis e brancas, representando as cores da Academia de Fleur, a bela jovem loira de olhos azuis e corajosa o suficiente para participar de um torneio, a única menina.

Meu irmão e outros da minha casa estavam na torcida de Victor Krum, com cores que, assim como Delacour, representavam o próprio instituto. Por outro lado, a do Digory era a maior torcida. É claro, a maior parte dos torcedores são alunos da própria escola. E ninguém quer torcer para um garoto do quarto ano com óculos meia-lua.

— Trouxe pipoca. — diz Tory, se aproximando.

Tinha chamado ela para assistirmos ao jogo juntas, mas disse que queria torcer para Krum. Ela prontamente aceitou, mas não sabia que eu mudaria de torcida. Não chamei Bárbara porque simplesmente não fazia sentido chamá-la sabendo da possibilidade que ela agora tinha um namorado, o que significava que ela tinha outras prioridades. Mas aqui está ela, junto com Tory e... Michael.

— Bárbara, Tory, vocês já devem conhecer Wendy, da cabine de narração.

— Sim. Oi Wendy. — diz Tory se sentando e Wendy sorri timidamente em resposta.

— Diana, esse é Mike. — Bárbara diz e se dirige ao garoto — E Mike, essa é a Diana, minha amiga.

Já conhecia ele de vista, ou de conversar como "faça o trabalho de feitiços" coisas assim. Mike não era suficientemente relevante pra mim até Bárbara decidir namorá-lo. Mike ergue a mão para mim, esperando que eu a aperte amigavelmente.

— É um prazer, Malfoy.

Há algo nele que me incomoda, mas não consigo dizer o que é. Talvez o cabelo não combine tanto com suas sardas.

— O prazer é meu. — respondo, colocando um sorriso falso em meu rosto.

Uma trombeta finalmente toca de dentro da cabana, sinalizando que começaria em breve. Depois de Wendy cumprimentar a todos, nós nos sentamos na arquibancada. Eu entre Wendy e Tory, depois Bárbara e Michael. Eu e Tory estávamos comendo pipoca praticamente sozinhas e nada dos competidores. Wendy ficava mais quieta quando havia muita gente, então faço questão de conversar um pouco mais quando possível.

— Apostas. — uma voz diz — Façam suas apostas!

Não era novidade ver os gêmeos ruivos com uma pequena caixinha com alguns papéis e algumas moedas. Uma dupla de empresários pensando a frente do tempo com apenas 16 anos.

— Ei. — falo.

— Ei. — diz Jorge — Quer apostar em quem?

Franzo a testa e inclino um pouco minha cabeça para o lado.

— Não vão sentar aqui? — pergunto, ignorando sua fala anterior — Tem lugar para vocês dois, se quiserem.

Achei que eles iriam recusar, mas não. Ótimo, agora tenho companhias para aliviar o clima tenso. Não é muito legal ser vela no meio de um casal.

— Tá bem. — Fred diz, pegando um pouco de pipoca. Ambos se sentam do lado de Wendy e dão um aceno geral para todos, mas nem Tory, Bárbara nem Michael parecem gostar muito da ideia. — Nossa reputação é tão ruim assim? — ele sussurra.

Olho para Jorge que parecia ansiosamente interessado pelo que eu tinha em dizer.

— Com certeza. — sussurro em resposta — Ou talvez porque, simplesmente falei muito mal de vocês para elas.

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora