25. Poção do Amor

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— Srta. Malfoy, você poderia ficar mais um pouco na aula? — a professora pede, após a aula de Transfiguração terminar.

Me viro para trás e vejo minha amiga de cabelos cacheados.

— Diana, você vem? — Barb pergunta.

— Vou mais tarde. Me encontra no Salão, está bem?

Ela assente com a cabeça e pega seus materiais se direcionando para fora da sala.

— Quero que leiam esses artigos sobre "Como ser um narrador de um jogo de quadribol" e peço para que me entreguem uma redação na próxima aula de Transfiguração, para eu ter certeza que continuarão no cargo. — diz a professora.

Claro que Minerva iria querer conversar sobre a narração, visto que ela era responsável por coisas relacionadas a quadribol em Hogwarts. Tanto eu quanto uma garota chamada Wendy Burke ficamos na sala. Wendy era da Lufa-Lufa, estávamos tendo a mesma aula de Transfiguração.

— Você também está na narração do jogo? — pergunto.

— Sim. É um trabalho legal, sabe. — ela diz abrindo um sorriso.

Wendy Burke era uma menina da minha idade, mais ou menos da minha altura. Cabelos castanhos e olhos caramelos, que faziam um contraste amigável com seu uniforme amarelo.

— Também faço parte do jornal da escola. — ela continua.

— Parece interessante. — comento enquanto aguardávamos Minerva conversar com outros dois alunos. — Tem algum artigo com você?

Wendy lança um olhar distante enquanto remexia algo em sua pequena bolsa de couro, até encontrar um pequeno papel cuidadosamente dobrado.

— Tenho esse último artigo, escrevi com a ajuda um colega meu. — ela diz.

Olho para o jornal, escrito em uma manchete dizia:

"A partida de Quadribol mais sombria de toda Hogwarts!
Dois alunos desacordados, um deles, Harry Potter, atacado por um dementador."

— Se eu colocasse o nome de Harry na manchete, com certeza chamaria mais atenção. — Wendy continua. — É uma tragédia o que aconteceu com eles. Sabe, acho que Ha...

— Não fale sobre ele.

Fecho o jornal em minhas mãos. Wendy parecia estar surpresa com minha rápida reação.

— Não quero que fale sobre ele. — repito. — Ele já está muito presente na minha mente, não aguento mais ouvir a seu respeito. É um garoto idiota que só quer o meu mal, me detesta. Espero que ele pague pelo que fez.

— O que ele fez? — Burke pergunta.

— Ele me acusa de coisas que não faço, apenas por eu ser uma Malfoy. — minha voz sai trêmula por conta da raiva. Faço um esforço pra fazer minhas mãos não tremerem.

— Um sobrenome não define você.

Aquela tinha sido a frase mais impactante que eu tinha escutado nos últimos dias.

— Não é só porque você veio de uma linhagem que siga os passos dos seus pais, ou de seu irmão. — Wendy diz, com uma maturidade incomum, mas que lhe caía bem. — Você tem direito de escolher a sua vida, a sua história.

Abro um sorriso. Pelo menos alguém em Hogwarts me entendia. Finalmente achei alguém que considerava escutar a minha versão da história, eu sabia que não era implicância minha. Não estou totalmente errada.

— Você tem razão. — digo a ela.

— Mas, isso não quer dizer que eu concorde. — argumenta — Afinal, não sei o que aconteceu.

A Outra Malfoy - Harry PotterWhere stories live. Discover now