30. A Copa de Quadribol

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Os dias começaram a passar depressa. Minhas férias foram bem mais legais que as do ano passado, pois consegui ir para a casa de Tory e passei duas semanas lá, junto com Bárbara. Os pais de Tory são muito gentis, uma família de sangue-puros com uma renda mediana, mas que era capaz de sustentar Tory e seu pequeno irmão mais novo de um ano de idade, Bernard.

Um dos dias que passamos juntas na semana passada, Bárbara nos contou que se aproximou bastante de Michael Abbott, mais do que próximos, que eles estavam realmente namorando. Barb é louca nesse garoto faz séculos. Não gosto muito desse Michael, lembro que ele era um inútil nas aulas e gostava de paquerar as garotas, mas estou feliz por ela.

Hoje é um dos últimos dias que me resta antes das minhas férias acabarem e meu pai garantiu um ingresso para a Copa Mundial de Quadribol.

— O próprio ministro da magia, Cornélio Fudge, nos convidou para assistir o jogo de camarote. — Draco diz ao descermos as escadas — Somos importantes, não somos?

— Acredito que sim. — respondo, pois para mim era algo que fazia sentido.

Após nosso pai nos apressarmos, ponho minha jaqueta vermelha sobre minha camiseta branca. Consigo sempre bater o recorde de ser a última a me arrumar, homens não entenderiam.

— Mãe, eu tô bem?

Narcisa deixa de lado os pergaminhos que estava utilizando, se levanta devagar da cadeira e vai até mim, enquanto ajeitava minha franja.

— Você está linda querida, como sempre. — diz ela, me fazendo sorrir — Pegou uma jaqueta? — faço que sim com a cabeça.

— Estou pronta. — declaro para os outros dois. Draco resmunga um "finalmente".

Aparatação era a forma mais comum que eu conseguia utilizar para ir para algum outro lugar. Neste caso, meu pai é quem usa, pois há uma regra estridente dizendo que bruxos menores de idade são proibidos de aparatar, o que eu acho um absurdo. De qualquer forma, essa magia me deixa extremamente enjoada. Tanto que, depois que chegamos nas tendas, tenho que me apoiar em uma parede para a tontura passar.

— Fiquem aqui os dois, vou entrar na tenda e conversar com Cornélio primeiro. — papai diz.

O clima entre mim e meu pai começou melhorar bastante durante as férias. Estou mais velha, mais responsável e, realmente acredito que talvez meu pai só esteja fazendo o que faz para me proteger. Seja muito rígido ou não.

— Weasley, Potter, sangue-ruins, — Draco balbucia — aonde você vai parar com essas suas amizades?

Draco e eu, por outro lado, estamos brigando mais que o comum. Não faço nada para tentar impedir, já que discordamos a maior parte das vezes e logo conseguimos entender e aceitar nossas diferenças. Acho que todos os irmãos são assim. Como referência tenho Percy e os gêmeos. Mas, pensando melhor, talvez Percy realmente odeie os próprios irmãos (com exceção de Gina).

Após Cornélio cumprimentar eu e meu gêmeo, nós entramos na cabana Por fora, parecia uma tenda comum com um tecido escuro. Por dentro, parecia tão grande ou até maior que meu salão de visitas com a sala de jantar. Pode parecer estranho, mas já me acostumei com a noção de espaço e profundidade ser algo totalmente diferente no mundo trouxa.

— Como foram suas férias, Diana?

Meu pai querendo saber como foram minhas férias. Algo está estranho.

— Bem. Eu acho. — respondo. Lucius e eu não conversamos faz um tempo, ele anda ocupado com o ministério e coisas do tipo.

— Quando iria me contar — Lucius começa — que anda fazendo amizades com traidores de sangue?

A Outra Malfoy - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora