Capítulo 3

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Os dias se passaram em um piscar de olhos, e com ele se foi o meu aniversário de dezesseis anos, que eu nem havia me dado conta.

Meu aniversário passou como um borrão. Não ouve festa, bolo ou qualquer comemoração. Nunca havíamos feito uma festa de aniversário, nem pra mim, nem para o Jin. Nada de gastos com coisas superficiais. Agora, em pleno dia do baile, eu estava sentado em frente a um espelho, sendo pintado e tendo meus cabelos arrumados. O terno parecia pesar uma tonelada em mim, depois de mais alguns ajustes que a costureira fez nele.

- Como você quer o penteado? -Ela perguntou, e quando pensei em responder, minha mãe falou antes.

-Eu estava pensando em um penteado mais ou menos assim. - Declarou, me fazendo encolher os ombros. Olhei para o meu quarto, simples e desajeitado, perto da forma como eu estava, antes de concluir meus pensamentos, minha mãe se aproximou de mim para mostrar como ela queria que fosse o penteado. - um rabo de peixe na parte superior da cabeça, seguindo coma uma mine trança pra fechar o rabo e ter uma continuação ondulado por toda a extensão do cabelo. E umas tranças pequenas com algumas angolas douradas junto aos cachos. Destacaria super bem os cabelos brancos do Jimin.

Respirei fundo, olhando para o meu pescoço, quando a mulher começou a mexer nos meus cabelos. Meus dedos coçaram para tocar a área sensível ali, como se eu estivesse dentro daquele sonho. A sensação de algo dentro de mim, escondido. Soltei um suspiro, encolhendo os ombros ao ver a mulher começar a trançar a parte superior da minha cabeça.

Observei com muita atenção a mulher arrumar os meus cabelos com a quelé penteado que na minha cabeça combinaria mais com uma garota do que comigo. Os meus cabelos batem no ombro e não é muito difícil de ondular ele já que a mulher pegou alguns bobes e enrolou ele para depois fixar com o calor da brasa de um ferro quente.

Logo após ela começou a enfeitar algumas tranças e o rabo de peixe com as angolas douradas, que deixou muito bonito o meu visual. Ela ondulou algumas mechas a frente da minha testa para deixar ela solta e dar um ar de pureza ao meu rosto.

Jin entrou no quarto, usando sua roupa costumeira velha e costurada, com suas botas, enquanto eu tinha uma bela bota de couro branco nos pés. Sorri, me sentindo mal por a vida ser tão injusta. Jin nunca se importou de ser sempre a segunda opção. Mas eu sim. Eu odiava deixar ele de lado.

- Lembre-se de andar ereto. Cuidado onde pisa e não esbarre em nada e nem ninguém. - Minha mãe contou, parando atrás de mim, vendo como meu cabelo estava ficando. - Deixe o príncipe te conduzir, caso ele o chame para dançar. O que é claro que ele vai fazer. - Me segurei para não revirar os olhos bem ali, sobre o olhar atento dela. - Seja gentil, educado e encantador como deve ser. E nada de ficar conversando com outros rapazes no baile!

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